Comissões de frente foram destaques na primeira noite na Sapucaí. (Foto: Tomaz Silva, Agência Brasil)
Uma nova etapa na história do Carnaval do Rio de Janeiro começou a ser escrita neste domingo (2). Foi a primeira noite os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial em um novo formato: três noites. A Unidos de Padre Miguel (UPM), campeã da Série Ouro, foi a primeira a desfilar pelo Sambódromo da capital fluminense.
As comissões de frente foram destaques, ao provocarem a mobilização das arquibancadas e frisas, com palmas e gritos. As quatro escolas contribuíram com uma tendência iniciada nos últimos anos. Elementos cenográficos com tamanhos significativos, drones e a iluminação cénica do próprio Sambódromo estavam presentes em todas.
Apesar de problemas técnicos no carro de som em diversos momentos da noite e questões pontuais e rapidamente resolvidas com alegorias, os desfiles transcorreram sem maiores dificuldades. Nenhuma escola estourou o novo tempo máximo de 80 minutos.
Após cinco décadas, a UPM retornou à elite do carnaval com um enredo sobre a fundadora do Terreiro da Casa Branca, Iyá Nassô. O centro religioso de uma das personagens fundamentais da história do candomblé fica na Bahia.
O protagonismo feminino foi destaque, com a bateria tendo 40 ritmistas mulheres. O tamanho das alegorias também chamou atenção. O abre-alas representava o império de Oyó e era composto por três carros acoplados, que, juntos, chegavam a 55 metros de comprimento.
A Imperatriz Leopoldinense desfilou em seguida com o enredo “Ómi Tútú ao Olúfon – água fresca para o Senhor de Ifón”. O samba da escola de Ramos envolveu as milhares de pessoas presentes no Sambódromo. A grandiosidade foi uma das características mais marcantes, como um carro alegórico com cinco mil litros de água para representar a jornada do orixá.
A atual vice-campeã contou a história de Oxalá até Xangô, sendo escolhida como primeira finalista do Prêmio Estandarte de Ouro na categoria de melhor escola do Grupo Especial.
Em busca do tetracampeonato, a Acadêmicos da Viradouro trouxe o enredo sobre “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”. A agremiação de Niterói desfilou com quase três mil componentes, distribuídos em 22 alas e seis carros alegóricos, além de um tripé.
O acabamento das alegorias e fantasias, junto com o uso de efeitos holográficos, ressaltaram a história do líder do Quilombo do Catucá, no Norte de Pernambuco.
A Estação Primeira de Mangueira encerrou a primeira noite de desfiles com uma forte crítica social que envolveu toda a Sapucaí. O carnavalesco Sidnei França desenvolveu o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões”.
Três mil componentes, cinco alegorias e três tripés trouxeram as heranças do povo bantu na cultura carioca. O samba que já marcava o público desde os ensaios técnicos, envolveu a Sapucaí com tons de jongo, funk e capoeira.
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