Baixada Fluminense
História

Nova Iguaçu, cidade-perfume, celebra 190 anos

O município de Nova Iguaçu celebra 190 anos com uma história que justifica o título de capital da Baixada Fluminense. Você concorda?

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15 de janeiro de 2023
Nova Iguaçu, cidade-perfume, celebra 190 anos
Nova Iguaçu ainda mais bela com as luzes do período natalino. Crédito: Alziro Xavier / Divulgação

A capital da Baixada Fluminense está em festa. O município de Nova Iguaçu celebra neste domingo 190 anos de história. Mas, afinal, qual o motivo da cidade ser conhecida como a capital de sua região? A disputa com Duque de Caxias é acirrada, mas os que brigam em defesa do título para Nova Iguaçu ressaltam que todos os municípios da região “nasceram” a partir da grande Nova Iguaçu. Que história é essa?

Datam de meados do século XVI os primeiros movimentos de povoamento da região onde atualmente compreende-se o município de Nova Iguaçu. Os moradores buscavam localidades no entorno dos rios, principalmente o Iguassu, para fixar moradia. Isso facilitava a comunicação com a cidade do Rio de Janeiro.

A população do local aumentava com o passar do tempo o que era o bastante para a criação de várias freguesias. Entre essas, destacava-se a freguesia de Nossa Senhora da Piedade de Iguassu, cuja data de implementação é citada como 1719.

A sede da Vila de Nossa Senhora da Piedade de Iguaçu, situada às margens do rio Iguaçu desempenhava um papel importante de distribuição de produção através da via fluvial, além da óbvia forma de contato com a cidade do Rio de Janeiro. A prosperidade chegou e a vila passou a ser um dos empórios da capital fluminense.

Ainda em 1822, durante o Ciclo do Café, foi aberta a Estrada Real do Comércio, que em conexão com os portos de Iguassú, escoava a produção de cana-de-açúcar e do café plantado nas serras. O movimento foi tão expressivo que provocou a mudança do status de Vila para Município. Em decreto de 15 de janeiro de 1833, com o nome de Iguaçu, a cidade conquistou sua emancipação.

Catedral de Santo Antônio de Jacutinga em imagem de 1968. Baixada Fluminense em desenvolvimento.

Nova Iguaçu, cidade perfume

A história moda que a construção de ferrovias muda o patamar das regiões por onde o trajeto passa. E foi assim com a Estrada de Ferro Dom Pedro II em Iguassu. A construção da ferrovia desenvolveu a região do Arraial de Maxambomba e fez a sede do município mudar para um novo centro econômico. Mais tarde, em 1916, Maxambomba passaria a se chamar Nova Iguassú.

Presente nas cores e no escudo do Nova Iguaçu Futebol Clube, que disputa a Série A do Campeonato Carioca, a laranja tem papel importante na economia do município. No século XX o plantio do fruto era a principal atividade de Nova Iguassú, que aqui passaremos a chamar de Nova Iguaçu, pelo acerto ortográfico.

Na época o local era conhecido como “cidade perfume” por conta do cheiro das laranjas. Os pomares se multiplicavam por toda a região, chegando até Itaguaí, levando progresso para Nova Iguaçu. Anos mais tarde, com os impactos da Segunda Guerra Mundial, percebe-se a explosão demográfica da Baixada Fluminense e a decadência do cultivo e exportação da laranja. Com a economia local prejudicada ganharam força os movimentos de emancipação das localidades.

A primeira a se desmembrar seria, exatamente, Duque de Caxias, em 1943, que disputa com Nova Iguaçu o título de capital da Baixada Fluminense. Hoje, Nova Iguaçu é o maior município da Baixada Fluminense em extensão territorial e segundo em população, atrás de Caxias. Possui um dos centros comerciais mais importantes do Estado do Rio de Janeiro.

Foto mostra o movimento da Estação Ferroviária de Nova Iguaçu

Alguns dados sobre Nova Iguaçu

Área Territorial: 520,581 km² (2021) (31º no estado)
População estimada: 796.257 pessoas (4º maior do estado)
PIB per capita: R$ 20.895,09 (72º no estado)
Salário Médio Mensal: 1,9 salários mínimos (48º no estado)
Prefeito: Rogério Lisboa