O presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (PL), está diante de mais um desafio. Ele foi convidado para se filiar ao União Brasil e assumir a presidência do partido no estado. Assim, ele se tornará o principal articulador da legenda nas eleições municipais do ano que vem.
Briga interna
O convite a Bacellar foi feito pelo vice-presidente nacional do União, Antonio Rueda, que não está nada satisfeito com as disputas internas entre o grupo do atual presidente estadual, Waguinho, e o grupo chefiado pelo deputado estadual Márcio Canella.
Arrastando a multidão
Se decidir pela mudança de partido, Bacellar pode levar aliados seus na Alerj, tornando o União o partido majoritário do Legislativo estadual. Prefeitos do interior também podem optar pela mudança, de olho na reeleição.
Governador também pode ir
Até o governador Cláudio Castro, insatisfeito com os desmandos do presidente nacional do PL, Altineu Côrtes, pode migrar para o União Brasil.
Corregedor
A Alerj abriu na última terça-feira o prazo de 15 dias para que deputados apresentem suas candidaturas ao cargo de corregedor da Casa. Cabe ao corregedor decidir se abre ou não processo disciplinar contra os outros 69 deputados estaduais, diante de denúncias ou flagrante. Uma vez aberto procedimento, caberá ao Conselho de Ética, formado por sete deputados.
Na Janela
O deputado federal Otoni de Paula, mal entrou no MDB e já quer sentar na janela. Ele assumiu o comando do diretório municipal do partido na capital e na posse já lançou seu nome como pré-candidato a prefeito do Rio. Ele tem as bênçãos do presidente do diretório nacional, deputado Baleia Rossi, e do presidente do diretório estadual, o ex-ministro do esporte Leonardo Picciani.
Decepção de Coelho
“Décadas apoiando Lula, noto que seu novo mandato está patético. Não devia ter me empenhado na campanha. Perdi leitores (faz parte), mas não estou vendo meu voto ter valido a pena”, do escritor Paulo Coelho, opinando sobre o novo governo do presidente Lula.
Benefícios
Dilma Rousseff acaba de ser confirmada nova presidente do New Devolopment Bank, o banco dos Brics, até julho de 2025, tendo sido a única candidata ao posto, indicada por Lula. O salário é de US$ 500 mil anuais (perto de R$ 2,6 milhões ao ano), ou seja, mais de R$ 220 mil mensais.
Mordomias
Como presidente do banco dos Brics, Dilma terá mordomia, automóvel com motorista e segurança, passagens internacionais, tudo incluído em seu pacote de benefícios.
Investimentos
Desde sua fundação em 2015 até o fim de 2022, o banco dos Brics aprovou US$ 32,8 bilhões destinados a 96 projetos. No Brasil, dos 26 projetos propostos, quatro aguardam confirmação.
Tudo traduzido
Ainda Dilma Rousseff na presidência do banco do Brics: ela também terá tradutores à sua disposição 24 horas por dia. A base do banco é em Xangai e a ex-presidente não fala uma palavra em inglês e fala português meio truncado (nem ela se entende) . E menos ainda em mandarim.
Só para comparar
Para quem gosta de número e comparações: no Brasil, há muita discussão em torno dos subsídios econômicos. O país concedeu R$329,4 bilhões em subsídios, isenções e desonerações no ano passado, valor que representa 3,8% de tudo que é produzido na economia.
Cabral o novo influencer
Quem diria: livre da prisão domiciliar, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que anda com muitas horas livres, resolveu tentar a carreira de influencer. Em vídeos curtos, comenta assuntos triviais, filmes e séries e até mostra sua rotina de exercícios físicos, que aprendeu nos anos de prisão. Seu palco é um sofá. De vez em quando, comenta uma série de TV e até performance do elenco. E sempre diz que “tem saudades dos enlatados americanos”.
A coluna Capital Político é escrita por Sidnei Domingues, jornalista, advogado e apresentador de TV e Sérgio Braga, jornalista e colunista político.