O estado do Rio de Janeiro segue em segundo lugar na corrente do comércio brasileiro, com um total de US$ 6,9 bilhões de saldo no primeiro semestre, queda de 3%. O total da diferença de importações e exportações no Brasil é o saldo comercial de US$ 45,1 bilhões. A constatação é do Boletim Rio Exporta, divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).
De acordo com o Boletim Rio Exporta, as exportações fluminenses somaram US$ 19,8 bilhões, queda de 5% de janeiro a junho, ante mesmo período de 2022. O destaque foi o crescimento de 70% no setor de máquinas e equipamentos (US$ 308 milhões), devido ao aumento de 91% das vendas de torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes (US$ 192 milhões).
Para Rodrigo Santiago, presidente do Conselho Empresarial de Relações Internacionais da Firjan, os dados do Boletim Rio Exporta demonstram a capacidade da indústria fluminense de reagir e se aquecer rapidamente para atender o mercado mundial. “A resiliência é uma das principais características da indústria do Rio de Janeiro, sempre resistente às turbulências internas e externas. Temos logística, temos produção e sabemos responder com eficiência às demandas e oscilações do mercado”, avalia Santiago.
A venda externa de produtos industriais de maior valor agregado do setor de máquinas e equipamentos teve crescimento para Noruega, do grupo EFTA (que inclui também Islândia, Suíça e Liechtenstein). “O Brasil negocia um acordo comercial com este bloco, que representaria maior competitividade das exportações fluminenses no acesso a esses mercados. Destaca-se também que recentemente uma delegação empresarial suíça visitou o Rio, com o objetivo de desenvolver parcerias entre os países, principalmente nas áreas de energia limpa e infraestrutura”, analisa Giorgio Rossi, coordenador da Firjan Internacional.
Boletim Rio Exporta destaca leva alta em importações
As importações fluminenses somaram US$ 12,8 bilhões, com leve alta de 2% no 1° semestre, ante o mesmo período de 2022. Houve um aumento de 60% nas compras da indústria de Metalurgia, com destaque para tubos de ferro fundido, ferro ou aço e seus acessórios, vindos em grande parte do mercado alemão.
No primeiro semestre, as exportações de petróleo totalizaram US$ 14,6 bilhões, queda de 9% em comparação ao mesmo período de 2022, devido ao recuo de 19% dos envios ao mercado português e de 8% ao Chile, que é nosso terceiro maior destino. Já as vendas para Singapura cresceram 49%. As importações também caíram (11%), mas houve aumento de 413% dos desembarques de óleos brutos de petróleo provenientes da Guiana.
Já as exportações exclusive petróleo aumentaram 7%, alcançando US$ 5,2 bilhões neste 1º semestre, devido à alta de 257% dos envios para o EFTA, de 34% à Ásia e de 35% para o México. Nas importações exceto petróleo, houve incremento de 4%, influenciado pelo aumento de 72% das compras da Aladi.
Destaca-se a alta de 418% das compras oriundas da Colômbia (coques e semicoques). “Brasil e Colômbia possuem acordo comercial assinado, mas ainda não ratificado pelo Congresso Nacional. Essa é uma das demandas da Agenda 4.0 da Firjan”, lembra Rossi.
O índice Preço das exportações fluminenses diminuiu 19% em comparação ao mesmo período de 2022, enquanto o índice Quantum cresceu 11%. Um exemplo é o setor de Máquinas e Equipamentos, no qual houve aumento de 83% da quantidade enviada ao mercado internacional e queda de 7% em relação ao preço das vendas. Acesse o Boletim Rio Exporta neste link