A Prefeitura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, oferece o Programa de Altas Habilidades ou Superdotação (AHSD) para 112 alunos com potencial e envolvimento elevado na educação. A iniciativa oferece um atendimento individualizado para crianças e adolescentes considerados muito inteligentes ou criativos.
O Programa de AHSD é vinculado ao Departamento de Acessibilidade e Inclusão Educacional (DAIE), da Secretaria Municipal de Educação (SME) de Caxias. Atualmente, três escolas do município contam com salas preparadas especialmente para o desenvolvimento destes alunos: as escolas Carlos Drummond de Andrade, Santo Agostinho e Almirante Tamandaré.
As salas são voltadas ao enriquecimento curricular e suplementação pedagógica específicas para a superdotação. Segundo Aline França, implementadora do programa, o objetivo é ajudar os estudantes a desenvolverem suas potencialidades. Ela explica que a seleção dos alunos segue algumas etapas, que envolvem a avaliação dos professores e também dos responsáveis.
“Depois, há uma avaliação. A escola nos encaminha um relatório em que são anexados trabalhos e atividades dos alunos. É feita uma entrevista, a avaliação dos trabalhos e até uma apresentação musical, por exemplo, se for o caso de alguém com talento para a música”, diz.
Prefeitura de Caxias oferece turma especial
Ainda segundo a educadora, os estudantes reconhecidamente superdotados continuam em suas séries normais, mas dependendo do caso há o avanço de estudos. Numa turma mais adiantada, meninos e meninas se sentem mais estimulados.
Foi o caso do estudante João Gabriel Pereira Lopes, de 15 anos. Ex-aluno do CIEP 220 Yolanda Borges, na Figueira, ele conseguiu concluir o Ensino Fundamental um ano antes que o esperado ao mesmo tempo em que se preparava para a prova do Colégio Pedro II. Tirou primeiro lugar e hoje já está até fazendo iniciação científica na Fiocruz.
Outra estudante que participa do programa é Letícia Ramos de Melo, de 8 anos, matriculada na Carlos Drummond de Andrade, em Imbariê. A unidade acaba de inaugurar uma sala voltada para o desenvolvimento de oito tipos de inteligência.
“Agora eles vão ficar mais perto de casa e da escola. Também há mais condições para os professores os identificarem e os encaminharem para o atendimento especializado”, afirma a diretora da unidade, Andrea Bolorini.
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