O Rio de Janeiro sedia, até esta terça-feira (9) o Nuclear Summit, evento de inovação do setor, que visa discutir e analisar as principais tendências no campo nuclear, com um enfoque também na comunicação. As palestras e painéis fornecem uma visão ampla e atualizada das tendências nucleares mundiais, abordando desde a sustentabilidade até a segurança nuclear.
Durante a abertura do Nuclear Summit, que acontece na sede do Sebrae, no Centro da capital fluminense, representantes das principais associações ligadas à energia nuclear, assim como parlamentares, comentaram o cenário nuclear nacional e global.
Celso Cunha, presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento Atividades Nucleares (ABDAN), comentou a importância de acordos entre Brasil e outros países no setor.
“As negociações avançam. Em novembro fui para a França com 30 pessoas e tivemos mais de 30 reuniões intensas. Brasil assinou acordo com a França e queremos que chegue a hora de outros países. O ciclo do combustível é altamente importante. Temos um caminho longo. Precisam conteúdo um setor nuclear forte.”, disse.
Inácio Arruda, Secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, ressalta a importância da cooperação nessa área. “A decisão do presidente foi liberar cem por cento de recursos para as pesquisas. Cooperação ativa, com domínio, tem que existir. E hoje o Brasil tem o domínio.”, destaca.
Importância da Usina Nuclear de Angra 3 é ressaltada no Nuclear Summit
O deputado federal Júlio Lopes (PP), presidente da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares (FPN), que conta com 217 deputados e 13 senadores, fez questão de enfatizar a importância da Usina Nuclear de Angra 3, a necessidade de instruir a população para que ela entenda que energia nuclear é energia limpa, e a necessária da aprovação do Projeto de Lei 327/2021.
O texto deste PL que dispõe sobre a transição energética. Este PL prevê a criação de uma política para regular a transição do modelo energético atual para um novo padrão baseado em fontes renováveis e em baixas emissões de carbono.
“O programa nuclear só faz sentido com Angra 3 e outras usinas, mas as pessoas não têm esse entendimento. Angra 3 é a nave mãe. Não temos a sociedade instruída sobre o setor nuclear e as empresas do setor nuclear não se comunicam. O governo votou contra a energia nuclear ser energia limpa, e isso é gravíssimo. Agora está no Senado. Se não mudarmos esse quadro naufragaremos.”
Para o também deputado federal Reimont, a ciência foi deixada de lado por alguns anos e é preciso resgatar isso. “Meu interesse pela área é de resgatar o Rio e a soberania Nacional. A ciência foi pisoteada e deixada de lado. A energia é limpa. Quem considera é a ciência. É incontestável. A gente corta um dobrado, as pessoas não entendem.”, declara.
Durante o Nuclear Summit foi lançado o protocolo de intenções, para firmar parcerias no setor energético entre a Diamante e a Amazul. Objetivo é viabilizar alternativa energética a médio e longo prazo.
Olimpíadas Nucleares Brasileiras
Encerrando a abertura da Nuclear Summit, a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, falou sobre a segunda edição das Olimpíadas Nucleares Brasileiras. Com os temas energia, sustentabilidade e medicina nuclear, estudantes de todo o Brasil foram convocados a montar suas equipes e impulsionarem seus conhecimentos.
“As Olimpíadas trazem benefícios para a área nuclear. Estamos unindo partes integrantes do sistema e preparando jovens líderes. Temos temas maravilhosos para esse ano, com mentores fabulosos nessa jornada.”, encerrou a ministra em seu discurso no Nuclear Summit.
Quer receber esta e outras notícias diretamente no seu Whatsapp? Entre no nosso canal. Clique aqui.