Leste Fluminense
Abastecimento de água

Sistema Imunana-Laranjal tem proposta feita pela Seaerj

Uma nova alternativa ao Sistema Imunana-Laranjal: obra duraria quatro anos e custaria cerca de R$ 1 bilhão.

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24 de maio de 2024
Sara Oliveira
Sistema Imunana-Laranjal tem proposta feita pela Seaerj
Seaerj tem proposta de alternativa ao Sistema Imunana-Laranjal: obra duraria quatro anos e custaria cerca de R$ 1 bilhão (Foto: Divulgação)

Nesta quarta-feira (22), aconteceu o seminário promovido pela Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos do Estado do Rio (Seaerj), na sede da entidade, na Glória. Na ocasião, foi apresentada a proposta de uma alternativa ao Sistema Imunana-Laranjal – que abastece dois milhões de pessoas em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e a Ilha de Paquetá, e sofreu uma paralisação no mês passado por causa de uma tragédia ambiental no Rio Guapiaçu. Criado em 1954, ou seja, há 70 anos, esse sistema opera em sua capacidade máxima.

Sistema Imunana-Laranjal sofreu contaminação por tolueno

“Até agora ninguém conseguiu descobrir a origem da poluição por tolueno no Sistema Imunana-Laranjal. E caso isso volte a acontecer o abastecimento de água será novamente afetado. É preciso que haja uma alternativa, que seja feita uma grande obra, com a construção de um túnel-adutor de 48 quilômetros, ligando o Rio Paraíba do Sul a Guapimirim”, afirma o vice-presidente da Seaerj, o engenheiro Francisco Filardi. Ele também foi o mediador do seminário “Reforço e garantia de abastecimento de água para a Região Metropolitana da Grande Rio e Grande Niterói”, que aconteceu nesta quarta-feira (22), na sede da entidade, na Glória.

O projeto de construção do sistema alternativo de abastecimento de água prevê quatro anos de obras a um custo aproximado de R$1 bilhão e 100 mil. Filardi observa que esses recursos poderiam ser obtidos por meio de financiamento do BNDES e do BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Formado pela Universidade Federal Fluminense em 1961, Francisco Filardi ingressou em 1963 como engenheiro no Departamento de Estradas de Rodagem da Guanabara (DER-GB), responsável por soluções para o tráfego rodoviário que crescia na época, como resultado da expansão da indústria automobilística nacional.

O engenheiro lembra ter trabalhado com o governador Carlos Lacerda, que construiu o sistema Guandu, prometendo água para o Rio até o ano 2000. Com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, o sistema passou a atender também a Baixada Fluminense.

O evento foi aberto ao público e está disponível no Canal da Seaerj no Youtube. O seminário contou com o apoio de diversas entidades, como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (CREA-RJ), a Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), a Associação dos Antigos Alunos da Politécnica (A3P); a Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES-RJ), a Academia Nacional de Engenharia (ANE), e o IE – Instituto de Engenharia.


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