A prefeitura de Macaé, no Norte Fluminense, acertou a elaboração de um estudo técnico e ambiental pelo Instituto Politécnico e o Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O objetivo é analisar o processo de erosão costeira que atinge o município há anos.
O estudo sobre a erosão costeira vai ser coordenado pelo decano do Centro Multidisciplinar da UFRJ em Macaé, professor Irnak Barbosa, e acompanhado pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
Segundo o prefeito Welberth Rezende, o estudo deve resultar em um projeto de infraestrutura para evitar o avanço da erosão e garantir a segurança dos moradores e comerciantes da região. Ele observa que “medidas paliativas não permitem mais proteger as famílias que residem próximo à orla”.
Ocupação indevida provoca erosão costeira
O geógrafo marinho da Universidade Federal Fluminense (UFF), Eduardo Bulhões, que foi convidado para participar do grupo do estudo, explica que a proximidade com a foz do Rio Macaé e a ocupação indevida de terrenos próximos da linha de água são alguns dos principais causadores da erosão.
A situação na região se agravou neste mês com a ressaca do mar na praia Barra de Macaé, no bairro Fronteira, zona norte da cidade. Ondas de quase 3 metros provocaram o desabamento de dois imóveis e danos em mais três. Além disso, houve a queda de cinco postes e destruição da pista da orla, que, por isso, ficou interditada. Pelo menos, sete pessoas ficaram desabrigadas e 180 desalojadas.
Cerca de 60 imóveis foram interditados pela Defesa Civil. O órgão está cadastrando as famílias para receberem aluguel social no valor de até R$ 990.
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