Saúde
Avanço

Selo de Boas Práticas no setor da Saúde é concedido a Volta Redonda

Município alcança reconhecimento por esforços para eliminar a transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas.

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04 de novembro de 2024
Sara Oliveira
Selo de Boas Práticas no setor da Saúde é concedido a Volta Redonda
Município alcançou índice que atesta o trabalho realizado a fim de eliminar a transmissão vertical de HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas (Foto: Divulgação / PMVR)

A Prefeitura de Volta Redonda, no Sul Fluminense, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), acaba de receber o Selo de Boas Práticas Rumo à Eliminação da Transmissão Vertical, concedido pelo Ministério da Saúde. Esse selo, que avalia o esforço de cidades no combate à transmissão de doenças como HIV, sífilis, hepatite B e doença de Chagas de mãe para filho, reflete o comprometimento do município com a saúde pública. Desde 2021, a SMS tem implementado ações preventivas e de cuidado, especialmente voltadas às gestantes e mães.

O selo é classificado em três níveis – Ouro, Prata e Bronze – e Volta Redonda, em sua primeira tentativa, conquistou o nível Prata. A conquista exige que diversos critérios de impacto e processo sejam alcançados, conforme os padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Avanços no atendimento pré-natal para alcançar o Selo de Boas Práticas

Para garantir o Selo Prata, Volta Redonda alcançou índices rigorosos, como a taxa de incidência de HIV em crianças nascidas de mães soropositivas, que ficou abaixo de 1,5 caso por mil nascidos vivos. Além disso, outros indicadores mostraram bons resultados, como a taxa de transmissão de sífilis congênita, que se manteve abaixo de cinco casos por mil nascidos vivos, e a prevalência de hepatite B, controlada em menos de dois casos por mil crianças de até cinco anos.

Os esforços de Volta Redonda foram reconhecidos pela cobertura de consultas e testagens no pré-natal, onde o município alcançou uma taxa mínima de 90% para consultas e exames de HIV e sífilis. Além disso, foi atingida uma cobertura de vacinação para hepatite B em recém-nascidos acima de 85%, demonstrando o compromisso com a saúde básica.

Milene Paula de Souza Silva, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, destacou a importância da certificação. “O Selo de Boas Práticas é um indicativo de que estamos alcançando os indicadores de saúde que propusemos. É um reflexo do bom atendimento nas nossas unidades de saúde e da eficácia na cobertura vacinal”, afirmou.

A secretária de Saúde, Maria da Conceição de Souza Rocha, ressaltou as reformas nas unidades de saúde e as melhorias no atendimento desde 2021. Já o prefeito Antonio Francisco Neto manifestou o desejo de alcançar o nível Ouro do Selo de Boas Práticas, reafirmando o compromisso com a saúde pública local.

Instituído pela OMS para países com alta prevalência de doenças como HIV e sífilis, o Selo de Boas Práticas visa atestar avanços rumo à eliminação da transmissão vertical dessas doenças. No Brasil, o selo é concedido a municípios com mais de 100 mil habitantes que cumprem os critérios de qualidade da OMS e do Ministério da Saúde.


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