O Museu de Arte Moderna de Resende, no Sul Fluminense, inicia nesta quinta-feira (14) a exposição “Utopia: trazendo as bananas e o café de volta ao Brasil”. A mostra é autoria do artista visual Anders Bergman. Ela fica disponível até 20 de dezembro, com visitação aberta das 10h às 17h.
O artista conheceu Penedo há sete anos. Deste então, apaixonou-se pela história dos finlandeses que chegaram ao local quase cem anos antes com o objetivo, segundo Bergman, de criar uma utopia.
“Com vestígios e reflexos do folclore finlandês e sueco, além de expressões culturais tradicionais, temperadas pelas influências brasileiras, esse pequeno lugar aos pés da montanha, bem ao lado da floresta, me pareceu envolto em uma aura misteriosa. A exposição é uma interpretação ficcional livre de um sonho utópico”, disse.
Exposição quer promover intercâmbio cultural
Utopia significa, em grego antigo, nenhum lugar. A representação visual de um possível nenhum lugar. Desta forma, é uma referência ao próprio significado da palavra é uma série de fotos documentais de uma obra de arte específica para o local. Ela é chamada de Mirror House (Casa Espelho). A peça está localizada em um prado de feno perto do Centro de Arte Haihatus, em Joutsa, na Finlândia.
“Bananas” se refere a uma série de colagens, esculturas e desenhos feitos a partir de caixas de banana de papelão comuns. As obras são apresentadas na forma de uma instalação. “Café”: outra série de colagens feitas com diversos tipos de papéis e tintas. O café foi utilizado como meio de pintura. É também uma referência a uma antiga tradição de adivinhação, onde se leem formas e figuras nas borras de café.
O artista conta quer aumentar os intercâmbios culturais entre esta região do Brasil e a região nórdica/báltica da Europa.
Sobre autor da exposição
Anders Bergman nasceu em Dalarna, Suécia. O artista visual explora a interseção entre arte e arquitetura a a partir do uso de materiais reciclados e práticas sustentáveis.
Bergman é formado pela Academia de Belas Artes. Ele criou obras que dialogam com o espaço e o tempo, em que muitas vezes incorporam elementos de demolição e reconstrução em suas esculturas e instalações. Os projetos são exibidos internacionalmente.
O trabalho do artista propõe uma reflexão profunda sobre as transformações dos materiais e dos ambientes que ele habita. A proposta sempre traz uma sensibilidade em relação à passagem do tempo e às memórias incorporadas nas estruturas físicas.
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