Porque chamo Janja de arremedo de primeira-dama? Arremedo é uma cópia malfeita e nesse caso é quase impossível não lembrar do modelo de uma grande mulher chamada Ruth Cardoso ou Dona Ruth primeira-dama do Brasil cujas credenciais a tornava perfeitamente capaz de ser também Presidente do Brasil.
Com atuação discreta, não que lhe faltasse luz, mas por opção escolheu colaborar com o país de forma abnegada não estridente, porém eficiente com muitas contribuições efetivas em vários setores da vida nacional. Uma servidora pública exemplar que combinou na correta proporção o ativismo social demonstrado no decorrer de sua vida acadêmica com a responsabilidade institucional tendo a frente do Conselho da Comunidade Solidária no Governo Federal ousado ao propor novos modelos questionando a relação entre Estado e indivíduo.
Mesmo longe dos holofotes no silêncio das pesquisas e rigor acadêmico, produzia um som ensurdecedor na sociedade pois acreditava em uma real parceria entre terceiro setor e governo com metas e controles de resultados eficientes creditando as ONG como instituições de grande relevância no processo de democratização pois prestavam serviços indispensáveis ao Estado, essa era a agenda e pauta principal da primeira-dama.
Porém os dias atuais têm nos deixado perplexos uma mulher, que em uma primeira análise parece ter o comportamento de uma adolescente deslumbrada e entediada em sua jornada cujo objetivo é mostrar aos pais e a sociedade que seus distópicos valores são a redenção da sociedade brasileira.
Deixa a impressão de que tem sérios problemas de Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI) ou Transtorno de Personalidade Múltipla, distúrbio mental que se caracteriza por duas ou mais identidades que se alternam no controle da mesma pessoa.
A mulher a quem me refiro se chama Rosângela da Silva, mas que também atende por Janja que pensa ser Evita Perón, Angela Merkel … auto-intitulada representante das mulheres do governo e quiçá de todas as mulheres dessa nação. No Brasil a representação é direta e pelo voto, não vi nenhuma mulher votar nessa senhora. Não vejo relação hierárquica entre ministros e a cidadã em questão; ministro que para não perderem seus cargos toleram tais arroubos delirantes e intromissões inoportunas em agendas oficiais.
Para quem acha que o maior inimigo de Lula e do PT nas eleições presidenciais de 2026 será Bolsonaro, as notícias atuais cuidam de apresentar outro algoz ou melhor, outra. Literalmente Lula está dormindo com a Inimiga. Em uma sucessão de incontinências verbais e comportamentais, essa senhora tem apequenado a instituição primeira-dama e com isso a imagem do Brasil.
Deslumbramento diante de viagens internacionais e agendas nacionais, xingamentos desnecessários, comentários inoportunos tem criado sérios embaraços para as relações internacionais brasileiras. Será que o Itamarati está sem quadros qualificados de modo que o Presidente Lula precisa enviar sua Esposa para essas agendas?
Creio que não, pois o Instituto Rio Branco forma excelentes diplomatas que engrandecem a imagem do Brasil no exterior. A pergunta que fica é até quando essas intromissões serão toleradas e até aplaudidas por outros deslumbrados? essa senhora não representa nem as mulheres e nem os homens e deviria circunscrever-se as rotinas conjugais pelo motivo obvio de notória desqualificação, renunciar as funções de “boba da corte” essa desempenhada com louvor na reunião do G-20 ou então buscar inspiração em Dona Ruth e quem sabe assim, ficar a altura do cargo.
Professor Hélvio Costa é jurista e professor universitário
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