O bairro de Oswaldo Cruz é um local simbólico do samba carioca. Terra da Portela e do ícone Candeia, a região da Zona Norte da capital fluminense fará parte de uma nova rota turística da cidade. Um dos objetivos é atrair visitantes estrangeiros.
O lançamento do “Caminho do Samba” aconteceu nesta segunda-feira (2), Dia Nacional do Samba. A iniciativa é uma parceria entre Embratur e prefeitura.
A rota destaca dez locais conectados à história dessa expressão cultural carioca situados no bairro. Entre os pontos estão a quadra da Portela, a estação de trem de Oswaldo Cruz e da casas de Candeia, Tia Doca e Dona Ester. Outro ponto é a feira das Yabás, que reúne comidas típicas e rodas de samba nos segundos domingos de cada mês.
Rota do samba quer movimentar economia local
Segundo a Embratur, o objetivo é promover este patrimônio cultural brasileiro e atrair mais turistas estrangeiros para o país. Desta forma, será possível promover a economia local.
“A gente fez capacitação de guias e estudantes de turismo, que foram treinados para representar as rotas e o afroturismo, reforçando o papel cultural e econômico do samba e promovendo a economia local”, afirmou o presidente da Embratur, Marcelo Freixo.
Segundo ele, foram desenvolvidos mapas interativos, audioguias e roteiros bilíngues autoguiados, além de aplicações de realidade aumentada. “Teremos passeios gratuitos guiados para estrangeiros, permitindo vivências autênticas pelas rotas do samba, com suporte de audioguias e narrativas históricas acessíveis por QR codes”, explicou Freixo.
Local onde Walt Disney tomou uma cerveja com Paulo da Portela será destaque
Placas informativas com QR Codes do Projeto Aqui tem História junto com o Rio de Memórias tornarão acessível o percurso das rotas. Através dos QRcodes, o turista terá acesso a textos e histórias de cada ponto histórico.
“A rota é incrível e vai a lugares onde muito pouca gente sabe da história, como o Bar do Nozinho, onde ninguém imagina que Walt Disney tomou uma cerveja com Paulo da Portela e tirou dali a inspiração para criar o personagem Zé Carioca”, contou Marcelo Freixo.
“Quase todos os bens da gente são simbólicos, são imateriais. Aqui não tem um castelo. E essa Rota do Samba é legal porque as pessoas vão visitar e conhecer a história, uma história que não é contada. Ela demarca determinados lugares que são tão importantes, quanto Oswaldo Cruz é, para a história da música brasileira”, afirma o cantor e compositor Marquinhos de Oswaldo Cruz, curador da Rota do Samba.
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