O comércio varejista da Cidade do Rio de Janeiro enfrenta um cenário desafiador para 2025, com previsão de perda de mais de R$2 bilhões em vendas devido ao excesso de feriados prolongados. Segundo um estudo realizado pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), o impacto dos onze feriados nacionais será significativo, principalmente aqueles que caem em dias úteis e que podem ser prolongados pelo chamado “enforcamento”.
O levantamento aponta que, descontados os 52 domingos do ano, o faturamento diário médio do comércio fluminense é de R$1,42 bilhão, com a cidade do Rio de Janeiro contribuindo com cerca de R$700 milhões. Nos feriados, esses valores representam as perdas diárias potenciais caso os comércios permaneçam fechados.
Além dos feriados nacionais, o Rio de Janeiro enfrenta também o desafio dos feriados municipais e estaduais, além dos dias de ponto facultativo. No total, a paralisação das atividades pode somar vinte dias ou mais ao longo do ano, dependendo do calendário e do funcionamento dos órgãos públicos.
Excesso de feriados preocupa
“Os feriados são importantes para a sociedade, mas o excesso preocupa. Loja fechada implica perda de receita e menor volume no caixa. Não fossem os acordos coletivos, vendas online e abertura nos feriados, as perdas de faturamento poderiam ser ainda maiores”, alerta Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio e do SindilojasRio.
Aldo Gonçalves destaca ainda que o excesso de feriados prejudica a atividade do comércio, reduzindo a circulação de mercadorias e o giro de capital. “Afeta notadamente o lojista de rua, o de menor porte, que já não abre aos domingos normalmente. Nos feriados, os gastos das famílias tendem a se misturar com despesas de lazer e recreação, aumentando os apelos para que os consumidores viagem, passeiem e busquem outros entretenimentos”, conclui Gonçalves.
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