Na última quinta-feira (9), o Hospital São João Batista (HSJB), em Volta Redonda, no Sul Fluminense, realizou a primeira captação de órgãos de 2025. A doação foi feita pela família de uma mulher de 43 anos, cuja morte encefálica foi confirmada após dias de internação. Este gesto generoso vai beneficiar seis pessoas que aguardam na fila única de transplantes do estado do Rio de Janeiro: dois pacientes receberão os rins, dois as córneas e outros dois as escleras.
A equipe da CIHDOTT (Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes) do Hospital São João Batista, composta por profissionais multidisciplinares, desempenhou um papel fundamental na orientação e apoio à família durante esse momento difícil. A enfermeira Rebecca Silva Anjo Moreira destacou a importância desse ato altruísta, que oferece uma nova chance de vida para os pacientes que aguardam por um transplante.
Hospital São João Batista segue protocolo rigoroso
A coordenação da CIHDOTT seguiu um protocolo rigoroso que inclui três etapas essenciais: identificação do paciente com possível morte encefálica, confirmação do diagnóstico através de exames clínicos e complementares, e uma entrevista com os familiares para conscientização sobre a doação. Este trabalho tem sido crucial para o aumento de captações no hospital. Em 2024, o HSJB realizou seis doações, resultando em 10 rins, 12 córneas e quatro fígados doados.
A enfermeira Daniela da Silva, coordenadora do Banco de Tecido Ocular do HSJB, ressaltou que um único doador pode beneficiar até oito pessoas. Em 2024, a unidade captou 226 globos oculares e liberou 113 córneas para transplantes, atendendo 34 municípios da região.
A decisão de doar órgãos deve ser comunicada à família, pois somente eles podem autorizar a doação após o falecimento. Nenhum documento deixado em vida tem valor legal para garantir a doação, reforçando a importância de expressar claramente esse desejo aos familiares.
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