O Banco de Leite do Hospital Estadual da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, está enfrentando uma grave crise de estoque. Atualmente, a unidade dispõe de apenas 12 litros de leite materno, quantidade muito inferior ao ideal, que varia entre 35 e 40 litros por mês. Esta é a pior situação registrada nos últimos três anos.
A necessidade diária do hospital é de cerca de 500ml de leite humano, que pode alimentar até seis recém-nascidos. O leite coletado é essencial para atender principalmente bebês prematuros e de baixo peso, ajudando a reduzir o tempo de internação na UTI Neonatal. Além disso, o banco de leite da unidade também oferece suporte às mães, incluindo orientação sobre amamentação, além de realizar o processamento, armazenamento e distribuição do leite coletado.
Quem pode doar ao banco de leite e como funciona o processo
Mulheres saudáveis, que estejam amamentando e não utilizem medicamentos contraindicados, podem se tornar doadoras. A nutricionista do banco de leite, Naylla Rigor, explicou que a demanda por novas doadoras é constante, especialmente porque muitos bebês iniciam o desmame após os seis meses de vida.
“Todo o leite que recebemos é destinado aos bebês prematuros e é indispensável porque ajuda a diminuir o período de internação desses recém-nascidos. Para doar, a mãe preenche uma ficha com informações de saúde e apresenta exames de sangue recentes. Caso não os tenha, o hospital pode providenciar”, afirmou Naylla.
O leite doado passa por um rigoroso processo de pasteurização e controle de qualidade antes de ser enviado à UTI Neonatal. Para facilitar, o hospital dispõe de equipes que realizam coleta domiciliar às terças-feiras, entregando kits com frascos higienizados, touca e máscara.
As mães interessadas em ajudar podem entrar em contato com o banco de leite pelo WhatsApp: (21) 96870-7064. A doação de leite materno salva vidas e é fundamental para garantir a saúde de bebês prematuros na região.
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