O Instituto “Todos pelo Rio” divulgou um manifesto pedindo ações mais rigorosas no combate à violência no Estado do Rio de Janeiro. O documento critica a atuação do sistema de justiça criminal e pede mudanças nas Audiências de Custódia e no regime de liberação de presos. A publicação gerou um intenso debate entre especialistas em segurança pública, representantes da sociedade civil e autoridades.
A entidade, que reúne setores do meio produtivo fluminense, alerta para o que considera um “cenário de guerra urbana” e critica a liberação rápida de criminosos reincidentes. O manifesto cita casos recentes, como o de um homem com 184 passagens pela polícia que foi solto e voltou a cometer crimes, além do ataque à 60ª DP, cujo responsável possuía 55 passagens.
Para o Instituto, há uma “inversão de valores” na justiça criminal, com os direitos dos criminosos sendo priorizados em detrimento da segurança da população. O texto pede que o Congresso Nacional priorize projetos para endurecer as penas e reforça o apelo ao Poder Judiciário para maior rigor na concessão de benefícios a detentos.
A repercussão do manifesto gerou posicionamentos divergentes. Enquanto especialistas em segurança ressaltam a necessidade de reformulações no sistema, defensores dos direitos humanos alertam para riscos de retrocessos. “É fundamental garantir a segurança, mas sem abrir mão de princípios básicos do estado democrático de direito”, afirmou Luis Leão, do Coalizão Rio.
O documento também expressa apoio à cúpula da Segurança Pública do Estado, elogiando sua atuação contra o crime organizado. Entretanto, adverte sobre tentativas de desestabilização por meio de ações violentas. Leia o manifesto completo neste link.
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