Comerciantes da cidade do Rio de Janeiro esperam crescimento de 1,5% nas vendas para o Dia dos Pais, uma das datas mais relevantes para o varejo no segundo semestre. O levantamento foi realizado pelo Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio) e pelo Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), com 250 estabelecimentos de diferentes segmentos como vestuário, calçados, eletrônicos, joias, livros e acessórios masculinos.
Segundo a pesquisa, 75% dos lojistas consultados acreditam em aumento de até 1,5% nas vendas em comparação ao mesmo período do ano passado. Outros 15% estimam estabilidade e 10% preveem queda, refletindo as dificuldades econômicas enfrentadas por consumidores e comerciantes, como o alto custo de operação, juros elevados e o endividamento das famílias. O aumento dos aluguéis comerciais, que ultrapassou 7% nos últimos doze meses, é um dos principais fatores de pressão.
Para o presidente do CDLRio e do SindilojasRio, Aldo Gonçalves, o cenário para o segundo semestre tende a ser mais restritivo. “O dólar mais caro, as incertezas econômicas e a guerra tarifária têm levado a revisões para baixo nas projeções de crescimento. Mesmo sem um ambiente totalmente desfavorável, os desafios são maiores para os comerciantes”, avalia.
A pesquisa aponta que os lojistas estão apostando em estratégias para atrair o consumidor, como promoções, ações de marketing, vitrines atrativas (físicas e virtuais), atendimento personalizado e condições especiais de pagamento. O tíquete médio esperado por presente gira entre R$150 e R$180, com o cartão de crédito parcelado aparecendo como a principal forma de pagamento, seguido por cartão de débito, PIX, cartões das lojas e dinheiro.
Dia dos Pais será um termômetro para o desempenho do varejo no segundo semestre
Apesar de não ter o mesmo impacto que o Natal, Dia das Mães ou Dia das Crianças, o Dia dos Pais representa uma importante oportunidade para o comércio, sendo a primeira data comemorativa do segundo semestre. Segundo Gonçalves, a ocasião também serve como termômetro para o desempenho do varejo nos meses seguintes, especialmente em relação à preparação para o Natal.
A pesquisa também aponta alguns obstáculos para o desempenho do setor, como a concorrência de sites com preços mais agressivos, mudanças no perfil de consumo e a menor movimentação do comércio fluminense em comparação com outras regiões do país. Ainda assim, a maioria dos lojistas acredita que as ações planejadas podem equilibrar o desempenho com o do ano anterior.
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