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Mobilidade urbana

CREA-RJ defende retomada da Linha 3 do metrô

Durante audiência na Alerj, o presidente Miguel Fernández destacou a importância da obra para integrar Rio, Niterói e São Gonçalo e reduzir emissões de carbono.

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06 de outubro de 2025
Sara Oliveira
CREA-RJ defende retomada da Linha 3 do metrô
A audiência pública promovida pela Frente Parlamentar Pró-Ferrovias. (Foto: Rodrigo Motta)

O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ), engenheiro Miguel Fernández, voltou a defender a expansão do metrô para Niterói e São Gonçalo durante audiência pública promovida pela Frente Parlamentar Pró-Ferrovias, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na sexta-feira (3).

Fernández destacou que, enquanto São Paulo opera com seis frentes de obras para ampliar seu metrô, o Rio de Janeiro ainda não possui um novo projeto em andamento. “Queremos convidar a Frente Parlamentar Pró-Ferrovias para encampar a defesa do projeto da Linha Três do Metrô, que poderá integrar o Centro do Rio de Janeiro à Região de Niterói e São Gonçalo. Esta é uma obra fundamental para conectar os dois maiores centros urbanos do Estado com baixo consumo de carbono”, afirmou.

O presidente do CREA-RJ também defendeu que recursos do Fundo Estadual de Controle Ambiental (Fecam) sejam destinados à expansão do sistema ferroviário, por se tratar de um modal de baixíssima emissão de carbono.

Já o deputado Luiz Paulo (PSD), presidente da Frente Parlamentar Pró-Ferrovias, defendeu que o debate sobre a ampliação do metrô seja retomado a partir do trecho Estácio-Cruz Vermelha-Carioca-Praça Quinze, planejado ainda nos anos 1970.

Diretor do CREA-RJ ressalta que a Linha 3 beneficiaria cerca de dois milhões de pessoas

O diretor do CREA-RJ, engenheiro Luiz Carneiro, lembrou que o projeto da Linha 3 está paralisado e beneficiaria cerca de dois milhões de pessoas, com um túnel subterrâneo de 5,5 quilômetros ligando o Centro a Guaxindiba.

O metrô do Rio, inaugurado em 1979, conta atualmente com 41 estações e cerca de 57 quilômetros de extensão, distribuídos em três linhas. O sistema transporta, em média, 660 mil passageiros por dia útil, sendo o quarto maior em extensão e o terceiro em movimentação no país.

Durante a audiência, também foi discutida a situação da SuperVia. Luiz Paulo informou que enviará ofício à Procuradoria Geral do Estado (PGE) para esclarecer o prazo de transição previsto no acordo entre o governo e a concessionária, cujo contrato temporário, firmado em novembro de 2024, venceu em agosto deste ano.

Segundo o representante da Secretaria de Transportes, Vinícius Gama, a operação atual deve continuar até novembro, com mais três meses previstos para a transição. O deputado cobrou ainda explicações sobre a situação dos 2.500 funcionários da SuperVia e sobre os aportes de R$300 milhões destinados à manutenção do serviço.

Também participaram da audiência o presidente da Associação dos Engenheiros Ferroviários, Marcelo Costa; o coordenador do Fórum Permanente de Mobilidade Urbana da Região Metropolitana, Licínio Machado; o representante da Secretaria de Planejamento, Eduardo Duprat; e o assessor jurídico da Agetransp, Yubirajara Corrêa.


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