Por Nelson Lopes
A CPI do Crime Organizado terá o senador Fabiano Contarato, do PT do Espírito Santo, como presidente. Flávio Bolsonaro, único senador fluminense indicado para o colegiado, tentou concorrer à presidência da comissão, mas desistiu, diante de uma articulação dos governistas, que trocaram seus membros para que pudessem votar na instalação do colegiado, nesta terça-feira.
Flávio já é o presidente da Comissão de Segurança da Casa e deve ser membro ativo nas sessões. A vice-presidência ficará com Hamilton Mourão (que acabou se candidatando no lugar de Flavio, diante da iminente derrota), enquanto a relatoria ficará com Alessandro Vieira.
Restará ser oposição...
A oposição pretende usar o colegiado para intensificar o debate sobre segurança pública, tema que historicamente favorece setores da direita e ganhou novo impulso com o aumento da popularidade do governador Cláudio Castro (PL-RJ) após a megaoperação policial no Rio de Janeiro. Pesquisas recentes reforçam a força do discurso: levantamento Genial/Quaest mostrou que 64% dos fluminenses aprovaram a ação contra o Comando Vermelho.
O grupo de oposição será liderado por Flávio Bolsonaro, do mesmo partido de Castro, que pretende capitalizar o tema e associar a pauta da segurança ao campo bolsonarista.
Lindbergh fortalecido
O deputado fluminense Lindbergh Farias é a grande aposta do PT do Rio nessas eleições. Sim, ele tem larga experiência e já foi senador, é verdade. Mas, o fato de ser casado com a ministra Gleisi Hoffmann e ser o ativo líder do PT na Câmara o colocam em uma projeção nunca vista antes, em Brasília.
Nesta semana, por exemplo, ele capitalizou com a aprovação da isencao do IR no Senado. Coube a Gleisi a articulação do Congresso com o Palácio do Planalto. Lindbergh tem sido figura crucial para o governo nos embates com os bolsonaristas e já disse a aliados que pretende se candidatar novamente à Câmara no ano que vem.
Anielle quer Janja no palanque
Quem espera ser “amadrinhada” pela primeira-dama Janja é a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Ela espera que Janja peça votos por ela, a exemplo do que tem feito por Margareth Menezes, na Bahia.
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