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Alerj lança matriz de insumo-produto do estado do Rio de Janeiro

O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), lembrou que a última matriz elaborada era de 1996 e ressaltou a importância da atualização.

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21 de dezembro de 2022
Alerj lança matriz de insumo-produto do estado do Rio de Janeiro
A Nova matriz de insumo-produto foi apresentada na Alerj. Crédito: Thiago Lontra / Alerj

A Assessoria Fiscal da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) apresentou, nesta quarta-feira (21), a nova Matriz de Insumo-Produto (MIP) do Estado. Elaborado a pedido do parlamento do Rio de Janeiro pelas universidades Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e a Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o sistema gera análises sobre a cadeia produtiva da economia fluminense.

O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), destacou que a última matriz elaborada no estado era de 1996 e afirmou a relevância dessa ferramenta para a diversificação da cadeia produtiva fluminense. A matriz é um instrumento importante para o planejamento dos investimentos e poderá ser usado pelo governo, as prefeituras e a iniciativa privada.

“É mais uma importante contribuição da Alerj para o desenvolvimento do Rio de Janeiro. Um avanço da atual gestão. Temos agora uma janela de oportunidades para avançarmos no planejamento estratégico e pensarmos o futuro que nossa sociedade merece. Esperamos que seja bem aproveitada pelo governo e pelas prefeituras”, disse André Ceciliano.

Alerj exige metas fiscais

Primeiro a defender no Parlamento a necessidade da atualização da matriz, o deputado Luiz Paulo (PSD) explicou como ela poderá ser usada para avaliar os efeitos dos incentivos fiscais concedidos. “A partir da aprovação da Lei 8.445/19, conseguimos exigir metas ficais orçamentarias anuais para a avaliação dos programas de incentivos fiscais. A matriz vai facilitar esta análise, se há metas de geração de emprego, de investimento e de renda. Agora se pode verificar se o incentivo fiscal funciona ou não. É preciso ciência para que decisões corretas sejam tomadas, em cima de dados e simulações objetivas e concretas”, declarou.

Diretor-presidente da Assessoria Fiscal da Alerj, o economista Mauro Osorio salientou que a matriz pode mudar o rumo da economia fluminense. “Esperamos que o Rio de Janeiro possa aproveitar esta oportunidade devidamente e fazer seu dever de casa, que é investir em infraestrutura, reestruturar o setor público e planejar. A MIP é o instrumento para executar este planejamento. A luta continua para tirar o estado do círculo vicioso e passar para o círculo virtuoso”.

O coordenador do Programa de Pós-graduação em Economia Regional e Desenvolvimento da UFFRJ, Joilson Cabral, chamou a atenção para a importância de uma cultura de planejamento no estado. “Estamos entregando um trabalho, mas espero que estejamos iniciando uma cultura de planejamento no Rio de Janeiro. A partir da MIP vamos poder estudar fenômenos como o planejamento e a análise dos encadeamentos, o impacto de políticas públicas, o comércio internacional e a energia e o meio ambiente”, disse.

O diretor do Instituto de Economia da UFRJ, Fábio Freitas, explicou que a matriz é um sistema complexo de dados, amparado em padrões internacionais. “É um enorme sistema de informações, de diversas fontes, criando um quadro extremamente útil para entender o estado do ponto de vista de suas atividades mais relevantes. Fizemos um cruzamento de dados do IBGE com balanços contábeis de empresas de serviços de utilidade pública e notas fiscais eletrônicas fornecidas pela Secretaria estadual de Fazenda, dentre outras fontes. Estas informações poderão ser comparadas com o resto do mundo e do Brasil”, afirmou.

O secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Nelson Rocha, parabenizou a Alerj e as universidades pela iniciativa da elaboração da matriz. “Sabemos da importância da MIP para o planejamento. Ver o estado pensando novamente em longo prazo, em vez de curto prazo para sobreviver, é uma satisfação.O Rio de Janeiro ganha com ela, que trará muitos frutos a todos nós”, frisou.