Os técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Magé, na Baixada Fluminense, têm visitado escolas das redes municipal e privada para conversar com os alunos sobre o manguezal. As visitas, que somam 22 desde 2021, são feitas com o auxílio de um aquário/terrário que reproduz um ecossistema que pode ser encontrado em diversas áreas litorâneas da cidade.
O projeto foi idealizado pelos administradores do Parque Natural Municipal Barão de Mauá e tem o intuito de levar às escolas um pedaço da Unidade de Conservação, reproduzindo flora e fauna. Muitas unidades de ensino não têm como trazer os estudantes ao parque, explicou o secretário de Meio Ambiente, Sílvio Furtado.
Projeto itinerante para mais distritos de Magé
Um dos idealizadores do projeto, Adeimantos Carlos da Silva contou como se dá a visita com o aquário/terrário. “A gente tenta mostrar para a criançada como um manguezal funciona. Para isso, coloco cinco espécies diferentes de caranguejos: uçá, chama-maré, catanhanha, aratu e goiá, e três espécies de vegetação de mangue: vermelho, branco e negro, para mostrar como é o ecossistema”, detalhou.
“O que mais tem chamado atenção do administrador do parque é que, mesmo sendo um município à beira-mar, muitas crianças em Magé ainda não tinham visto um caranguejo de perto. “Levamos o projeto para uma escola no bairro da Ilha e alguns meninos e meninas ficaram encantados em ver um caranguejo pela primeira vez”, contou.
Adeimantos disse que a intenção da Secretaria é a de fazer uma agenda de visitas itinerantes para todo o ano de 2023 percorrendo os seis distritos mageenses. “O que ainda temos que avaliar é sobre as datas em que as visitas serão feitas, porque, ainda este mês, as obras de revitalização do Parque Barão de Mauá deverão ter início”, revelou.
O secretário Sílvio declarou que a importância do projeto é estimular a consciência ambiental de modo prático e participativo, promovendo a integração entre a educação formal e a Unidade de Conservação. “Além disso, queremos fortalecer a discussão das questões ambientais no ambiente escolar e valorizar o ecossistema do manguezal”, finalizou.