Oficina reúne inclusão, criatividade e educação ambiental na produção de máscaras africanas feitas com material reciclado. (Foto: Divulgação/PMNI)
A Escola Municipal Monteiro Lobato, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, promoveu uma oficina que uniu arte, inclusão e sustentabilidade. Alunos surdos participaram da atividade que transforma bitucas de cigarro em massa celulósica para a produção de artesanato. O material reciclado foi utilizado na confecção de máscaras africanas, em referência ao mês da Consciência Étnico-Racial, que celebra a diversidade e combate o racismo.
A ação integra o Programa de Coleta Seletiva e Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Serviços Delegados (SEMUSD). Nova Iguaçu é a única cidade do Estado do Rio de Janeiro a desenvolver esse tipo de prática ambiental. Além das máscaras, o material permite criar flores, blocos, papéis, marca-livros, acessórios de canetas e porta-copos.
A responsável pelo programa, Anna Clara Ramos, destacou a importância da atividade para a inclusão. “Essa é a primeira turma com alunos surdos que recebe a oficina. Eles confeccionaram máscaras africanas e se divertiram bastante. Trabalhamos com a educação inclusiva e também aprendemos com os alunos nessa troca de experiências. Aprendemos sobre Libras e eles se envolvem mais com o meio ambiente e a sustentabilidade”, afirmou.
A massa celulósica é produzida a partir das bitucas coletadas em caixas instaladas em prédios públicos, pontos de ônibus, hospitais e unidades de saúde. A parceria entre a Prefeitura e a empresa Poiato Recicla garante o processamento do material, que resulta em uma massa sem cheiro e ambientalmente segura.
Durante a oficina, os estudantes aprendem que um dos resíduos mais comuns no mundo pode ganhar novos usos, como flores e porta-guardanapos. A expectativa da SEMUSD é realizar uma oficina por mês em outras escolas que atendem alunos surdos.
A intérprete de Libras da escola, Suliandra Torres, ressaltou o impacto da atividade. “Nossa unidade conta com 50 alunos surdos e a inclusão nas escolas é fundamental. Com esse programa, eles vão saber que aquele material deixado nas ruas pode ser reciclado e virar uma obra de arte. Serão multiplicadores”, disse.
Entre os participantes, a aluna Maria Alice, de 13 anos, demonstrou entusiasmo. Com ajuda da intérprete, contou que pretende participar de outras oficinas e levar o conhecimento aos colegas. “Foi uma experiência única aprender que esse material pode ser reciclado e se transformar numa grande arte”, comentou.
Desde sua criação, em novembro de 2019, o projeto já coletou cerca de 2,5 milhões de bitucas de cigarro — o equivalente a aproximadamente uma tonelada de lixo tóxico que deixou de contaminar solo, água e aterros sanitários. As caixas coletoras estão instaladas em pontos de grande circulação, como repartições públicas, hospitais, unidades de saúde, pontos de ônibus e secretarias municipais.
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