Capital

Aprovada regulamentação da estrutura administrativa do Fundo Soberano

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou na terça-feira (12), em discussão única, o Projeto de Lei Complementar 24/24, de autoria do deputado Fred Pacheco (PMN), que promove alterações e novas regulamentações nas instâncias de governança e gestão administrativa do Fundo Soberano, como, por exemplo, na composição do Conselho Gestor do Fundo. A proposta também realiza outras alterações para garantir maior segurança jurídica ao aporte de receitas no fundo. Agora, o texto da proposta segue para o governador Cláudio Castro, que tem até 15 dias úteis para sancioná-lo ou vetá-lo

O fundo foi criado pela Alerj em 2021, por meio da Emenda Constitucional 86/21, e recebe recursos de excedentes dos royalties da exploração de petróleo e participações especiais pagas pela atividade petroleira no estado, bem como de leilões e de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC). O fundo é uma reserva para financiar projetos estruturantes para o desenvolvimento do Rio. O novo projeto promove alterações na Lei Complementar 200/22, que regulamentou a gestão, organização e recursos que compõem o fundo.

De acordo com a Alerj, uma das alterações busca facilitar o aporte financeiro no Fundo Soberano. O texto inclui a especificação de que os recursos de leilões do volume excedente de produção de áreas de cessões onerosas aportados no fundo serão os valores disponíveis e os que já estão certos de serem arrecadados pelo Governo do Estado, a partir de previsão técnica.

A ideia, de acordo com o autor do projeto de lei, Fred Pacheco, é garantir segurança jurídica. “Ademais, proporcionará o cumprimento das atribuições do Poder Executivo que deverá manter o fluxo de composição orçamentária e financeira do Fundo Soberano”, explicou o parlamentar.

Governança do Fundo Soberano

Entre as mudanças da nova proposta também estão novas competências e regulamentações às instâncias de governança do Fundo Soberano. O fundo é administrado por uma unidade gestora e conta ainda com um conselho gestor e uma secretaria executiva desse conselho, bem como de um comitê consultivo.

Segundo a proposta, o Conselho Gestor do Fundo Soberano terá a função de aprovar a política de aplicação de recursos do fundo, além de validar propostas orçamentárias e autorizar resgates financeiros do fundo. Trata-se de um órgão colegiado, e a nova proposta inclui um deputado estadual e um assessor técnico da Alerj, ambos indicados pela presidência da assembleia. Eles se juntarão aos outros sete membros do conselho já estipulados em lei, são eles: secretários de Estado da Casa Civil, de Planejamento e Gestão, de Desenvolvimento Econômico, de Fazenda, de Energia e Economia do Mar, além de representante direto da Procuradoria Geral do Estado (PGE-RJ).

A proposta exclui do conselho os três representantes das instituições de ciência e tecnologia do Estado do Rio, os reitores das universidades estaduais, e os três representantes de entidades empresariais, da indústria, do comércio e da tecnologia da informação. Pelo texto aprovado na Alerj, esses representantes da comunidade acadêmica e de indústria e comércio participarão somente no Comitê Consultivo do Fundo Soberano, que atua como um órgão de consulta do conselho gestor, realizando debates e acompanhando os investimentos e resultados do fundo.

A nova proposta também revoga o artigo que considerava a participação no conselho gestor como prestação de serviço público relevante não remunerado. Outra mudança no Fundo Soberano é no quórum para aprovação do regimento interno do conselho, que passará a depender da maioria absoluta dos membros e não mais de unanimidade como é atualmente.

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