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Arte nas escolas em Niterói e Manguinhos

Projeto Arte Pública nas Escolas transforma contraturno em espaço de cultura cidadã em Niterói e Manguinhos.

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15 de setembro de 2025
Sara Oliveira
Arte nas escolas em Niterói e Manguinhos
Arte pública ocupa escolas do Rio e de Niterói com oficinas culturais. (Foto: Clarissa Ribeiro)

Nos corredores e pátios do Colégio Pedro II, em Niterói, e do Colégio Estadual Clóvis Monteiro, em Manguinhos, a rotina escolar vai ganhar um novo ritmo — marcado pelos versos de cordel, pelos passos do carimbó e pela energia do palhaço. O projeto Arte Pública nas Escolas, promovido pelo Fórum Carioca de Arte Pública, leva para dentro das unidades sete oficinas gratuitas com linguagens artísticas que tradicionalmente ocupam as ruas.

A programação, que acontece de 8 de setembro a 31 de outubro, transforma o contraturno em espaço de cultura cidadã. Entre as atividades estão: dramaturgia do palhaço brasileiro, teatro em cordel, criação coletiva com teatro, tambor e poesia, carimbó, teatro de bonecos e vivências teatrais. As oficinas são abertas a toda a comunidade escolar e as inscrições podem ser feitas diretamente nas secretarias das unidades.

Objetivo é conscientizar e aproximar a arte pública da educação básica

Para Amir Haddad, diretor do projeto e fundador do Instituto Tá na Rua, a iniciativa fortalece o papel do teatro como expressão popular. “Eu não conheço teatro que não seja político. O teatro é uma atividade que só existe em relação à cidade, à polis. Quando ele se fecha em salas e plateias especializadas, vira uma arte morta. O teatro que chega às pessoas é vivo, popular, de todo mundo”, afirmou.

As atividades já começaram com cortejos nos pátios, chamando estudantes e professores a participarem. Em novembro, os trabalhos realizados serão apresentados em praças públicas, acompanhados de informativos para conscientizar a comunidade sobre o direito à arte pública — assegurado pela Lei Municipal 5.429/2012.

“As políticas públicas para artes de rua ainda são frágeis. Mas quando a escola abre espaço para esse diálogo, ela assume também um papel de resistência e de futuro”, concluiu Haddad.


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