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Empreendedorismo Cooperativo

Para celebrar o Dia Internacional do Cooperativismo, personagens principais do empreendedorismo cooperativo no Rio escrevem sobre o tema.

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01 de julho de 2024
Empreendedorismo Cooperativo
Da esquerda para a direita, João Leal, Robson Carneiro, Renato Regazzi e Anderson Silveira: Foco no empreendedorismo.

*Por Anderson Silveira, João Leal, Renato Regazzi, Robson Carneiro

A capacidade empreendedora de um país está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico e social de sua população, visto a competência dos indivíduos em criar a sua própria renda, além de espaço de trabalho e empregos para a comunidade.

Por meio do empreendedorismo é possível criar uma sociedade mais justa, igualitária e equilibrada, em virtude da oportunidade de empreender ser uma alternativa de mobilidade social.

O processo de empreender é observar oportunidades de mercado ou um problema a ser resolvido, a partir daí criar um produto ou serviço de utilidade para a sociedade, organizando um empreendimento para desenvolver, produzir e ofertar produtos e serviços, através de um modelo de negócio que seja viável do ponto de vista econômico e social.

No entanto a forma de empreender mais conhecida é por meio da constituição e registro de uma empresa.

Porém existe outras formas de empreender que muitas vezes não são vistas como organizações empreendedoras, todavia podem ser consideradas genuínas organizações que tem o empreendedorismo em sua essência, a exemplo das cooperativas.

Uma cooperativa é uma organização que tem como objetivo atender uma necessidade dos cooperados, do mercado e da sociedade. É uma organização altamente sofisticada que tem na sua essência o empreendedorismo, só que de uma forma compartilhada e colaborativa. E as sobras são compartilhadas pelos seus cooperados, onde todos são donos do negócio.

Por meio das novas tecnologias digitais, o modelo de negócios baseado no empreendedorismo cooperativo, tomo uma nova forma e extraordinárias oportunidades de exercer a capacidade empreendedora, com menor risco e com maior compartilhamento de recursos, desenvolvendo modelos de negócios colaborativos que podematender ao mesmo tempo os cooperados, o mercado e a sociedade, em uma equação com resultadosonde todos ganham ao mesmo tempo.

O modelo de negócio, por meio do cooperativismo,gera grandes impactos positivos na sociedade, através de uma melhor distribuição dos ganhos, dos recursos e dos espaços de trabalho.

Neste contexto, o Mestre em Desenvolvimento Local, Anderson Silveira, que atua no Gabinete da Presidência do CDE do Sebrae-RJ e atuou, na crise sanitária afeta a COVID-19 como Diretor de Saúde na Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, pensa que o cooperativismo e a sustentabilidade na área da saúde são essenciais para garantir o bem-estar da sociedade e a preservação do meio ambiente. Nesse sentido, o cooperativismo promove a união de profissionais de saúde em estruturas organizacionais colaborativas, onde os recursos são compartilhados e os benefícios são distribuídos de forma justa.

Este modelo facilita a adoção de modelos sustentáveis, como a gestão responsável de resíduos médicos, a utilização de tecnologias limpas e o incentivo à educação em saúde como forma de prevenção. Além disso, a cooperação entre os profissionais de saúde fortalece a resiliência dos sistemas de saúde, permitindo respostas mais eficazes às crises sanitárias e contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e saudável.

Renato Regazzi, Mestre em Gestão Tecnológica, que também atua no gabinete da Presidência do CDE Sebrae-RJ, aponta o “Polo do Mar Conecta”, na Baia de Sepetiba, como ação em desenvolvimento e estratégia associativa de integração dos atores econômicos, governamentais e acadêmicos em prol da Economia do Mar Sustentável (a economia azul), conectando territórios marítimos, promovendo o adensamento das cadeias produtivas marítimas, em um modelo empreendedor colaborativo e circular, de desenvolvimento local.

João Leal, executivo público que atua na SEENEMAR/RJ – GOV/RJ e também no Gabinete da Presidência do CDE do Sebrae-RJ, evidencia através de duas iniciativas inauguradas por ele, quais sejam, a cooperação internacional com o Distrito Industrial Dinamarquês de Kalundborg que deu azo a estruturado Programa de Simbiose Industrial no Distrito de Santa Cruz e o Programa Cooperação Circular que proporciona aumento do IDH na região do Mazomba-Itaguaí através do impulsionamento da agricultura familiar em modelo circular e sustentável, exemplos práticos de desenvolvimento sustentável e circular que vão ao encontro dos melhores princípios de associativismo, congregando setores públicos, privado e sociedade civil e ainda as metas previstas no ODS 17 em prol do interesse coletivo.

Por fim, sempre de forma contemporânea, transformando no presente e com visão de futuro, o Presidente do CDE do Sebrae-RJ, Robson Carneiro, embarca na próxima semana para o velho continente onde terá uma parada em no Rochdale Pioneers Museum, foi fundada em 1844 a histórica primeira cooperativa “Os Pioneiros de Rochdale”, localizada no condado de Lancashire, Manchester na Inglaterra.

Seguiremos atentos e não deixaremos de envidar os melhores esforços para que no Estado do Rio de Janeiro os melhores princípios e boas ações cooperativistas se consagrem, a todo tempo, em prol do progresso sustentável do nosso Estado.


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