Por Nelson Lopes
Embora ainda se debata quem serão os candidatos às presidências da Câmara e do Senado no ano que vem, é certo nos corredores do Congresso que as lideranças fluminenses ganharão poder em negociações. Isso porque lideranças do Rio pertencem a partidos que devem ser contemplados com postos privilegiados em decisões nacionais. Atual líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes deve ser o vice-presidente do Congresso, já que esta é a pedida do PL para apoiar um candidato à presidência da Câmara. Com 93 deputados, o PL deve ser o fiel da balança na disputa e, por isto, pede alto.
Não por acaso, a romaria de candidatos que pede o apoio de Bolsonaro cresce a cada semana. Hugo Motta, Elmar Nascimento e Antônio Brito já sinalizaram que aceitariam Altineu neste posto pra lá de privilegiado. Também do PL do Rio, o senador Carlos Portinho é nome dado como certo na futura mesa diretora, caso se confirme Davi Alcolumbre na presidência do Senado. Respeitado entre os colegas, Portinho dialoga bem com nomes de centro e de esquerda, embora pertença à legenda bolsonarista. Também do Rio, Dr. Luizinho é nome certo na Mesa Diretora da Câmara, por ser o líder do PP, partido de Arthur Lira.
Assédio é crime!
A denúncia de assédio do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, a várias mulhere, inclusive a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, terá reações diretas no Congresso. É esperado que a oposição protocole pedidos de demissão imediata do ministro, além de requerimentos para que ele seja ouvido na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, independentemente de ser limado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
E é aí que entra a bancada do Rio na história: Chris Tonietto, deputada fluminense, é vice-presidente da CCJ e atuante em questões como os direitos fundamentais das mulheres. Soraya Santos, também do Rio, é outra que deve trabalhar arduamente pelo desgaste de Silvio.
Em tempo: neste caso, as duas oposicionistas exercem um trabalho legítimo de apoio a outra mulher, a também carioquíssima ministra Anielle. Que nenhum assédio fique impune, seja ele de esquerda ou de direita…
Tema polêmico a vista!
A Comissão de Legislação Participativa da Câmara, na próxima segunda, uma audiência pública sobre o uso de câmeras corporais nas fardas de policiais. O debate atende a pedido do deputado Pastor Henrique Vieira, do PSOL do Rio. O parlamentar destaca a importância do tema ao mencionar que “mais de 25 países compartilham essa experiência, não só como uma medida de vigiar aqueles que vigiam, mas também proteger agentes públicos que possuem riscos reais contra sua integridade física”.
Mas, como se sabe, os oposicionistas são contrários à ideia de câmeras em fardas, o que limitaria o trabalho dos agentes de segurança. Espera-se que os bolsonaristas compareçam em peso à audiência, que pode se tornar um ringue ideológico. É esperar para ver!
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