Baixada Fluminense
Belford Roxo

Prefeitura de Belford Roxo realiza encontro de multiplicadores afro-indígenas

Com o tema “Identidade – quem conhece guerreiros, passa a ser guerreiro”, encontro de multiplicadores afro-indígenas combate cultura racista.

Compartilhe:
16 de agosto de 2022
Prefeitura de Belford Roxo realiza encontro de multiplicadores afro-indígenas
Os encontros de multiplicadores afro-indígenas ocorrem desde junho. Crédito: Prefeitura de Belford Roxo

A Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, realizou nesta terça-feira (16), no Polo Cederj, o encontro de multiplicadores afro-indígenas com o tema “Identidade – quem conhece guerreiros, passa a ser guerreiro”.

Cerca de 90 professores do primeiro e segundo segmentos participaram para dar continuidade a socialização de saberes e experiências com o objetivo de construir uma rede de educação antirracista no ambiente escolar.

A secretária especial de Assuntos Pedagógicos, Rosângela Garcia, explicou que os encontros de multiplicadores afro-indígenas começaram em junho para falar da inclusão da cultura afro-indígena nas unidades, conteúdo que passou a ser obrigatório após a Lei nº 10.639/03 (alterada pela Lei 11.645/08).

“Por aqui, estamos discutindo como esse professor vai trabalhar essa cultura antirracista nas salas de aula através de troca de experiências e que eles possam estar passando aos alunos a valorização da nossa cultura com muita arte e a verdadeira história do Brasil”, destacou Rosângela, acentuando que acontecerão mais dois encontros e a culminância será em novembro, mês da consciência negra.

Identidade e história afro-indígenas

A professora, escritora e pedagoga com especialização em Arteterapia e História e Cultura africana e Afrodescendente, Márcia Ribeiro Joviano, que também é supervisora educacional da Escola Municipal Manoel Gomes, explicou que os alunos têm aulas de cidadania e principalmente de resgate da história que foi apagada por anos.

“Nosso projeto fala da nossa identidade, de sermos negros, índios, europeus, essa miscigenação que forma o povo brasileiro e que todas as raças e etnias merecem respeito. E o aluno precisa se identificar, pois assim se torna mais forte, se torna guerreiro sabendo de onde veio”, resumiu Márcia, ao lado das professoras Daniele Cristiane Barbosa e Luana Miranda, que também dão aulas no Manoel Gomes.