Projeto do BioParque envolve animal restrito a Floresta Nacional Mário Xavier, em Seropédica (RJ), na Baixada Fluminense.(Foto: Pedro Veloso)
O BioParque da capital fluminense iniciou um novo projeto para a proteção da rã-de-seropédica (Physalaemus soaresi). A espécie é classificada como criticamente ameaçada de extinção.
O animal é restrito a Floresta Nacional Mário Xavier, em Seropédica (RJ), na Baixada Fluminense. A rã enfrenta sérias ameaças em função da degradação ambiental, resultante de atividades humanas que poluem seu habitat com lixo e resíduos diversos.
Pesquisadores já alertavam sobre a necessidade de medidas compensatórias para minimizar os danos ao habitat da espécie. No entanto, a situação se agravou e, apesar dos esforços, a rã-de-seropédica permanece em situação crítica. Especialistas temem que, sem ações urgentes, ela possa desaparecer.
Em 2023, a ONG Amphibian Ark, em parceria com o ICMBio, identificou espécies de anfíbios em risco e recomendou iniciativas de conservação fora do habitat natural. A partir deste levantamento, três instituições foram selecionadas para desenvolver projetos que garantam a sobrevivência dessas espécies. O BioParque do Rio foi uma das escolhidas e conta com o suporte de pesquisadores renomados, como o Dr. Sergio Potsch, a Dra. Ana Telles e o Dr. Fábio Hepp. Eles lideram os esforços de conservação da rã-de-seropédica.
O Grupo Cataratas investiu R$ 100 mil para viabilizar o projeto. Já o BioParque, que faz parte do grupo, mobilizou cerca de R$ 90 mil na construção de um laboratório. A estrutura conta com salas projetadas para atender todas as necessidades sanitárias e de manejo de espécies de répteis e anfíbios ameaçados de extinção.
Como essa espécie nunca foi mantida sob cuidados humanos, ainda não existem protocolos para sua reprodução e manejo. Para evitar riscos associados ao resgate direto dos animais, o projeto começa com uma espécie semelhante, a rã-signifer (Physalaemus signifer), amplamente distribuída e fora de risco de extinção. O trabalho inicial envolve desenvolver técnicas de manejo e reprodução que, no futuro, serão aplicadas à rã-de-seropédica.
“O objetivo principal é criar uma população de segurança da espécie, reduzindo o risco de extinção diante de ameaças como incêndios florestais e pressões humanas na região. Em longo prazo, a iniciativa planeja estudar áreas adequadas para a reintrodução do animal na natureza, ampliando sua distribuição e garantindo sua sobrevivência”, explica Marcos Traad, diretor técnico do Grupo Cataratas.
Quer receber esta e outras notícias diretamente no seu Whatsapp? Entre no nosso canal. Clique aqui.
No último dia 21, o Creci-RJ abriu as portas da presidência para receber a jornalista…
O Via Parque Shopping, localizado na Barra da Tijuca, receberá no próximo sábado (8), um…
A Rio Tennis Academy, uma das mais modernas academias de tênis da América do Sul,…
Já está em andamento a obra de contenção de encosta em um trecho da Via…
Mais de mil alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental da rede municipal…
A Prefeitura de Saquarema, na Região dos Lagos, em parceria com o Serviço Nacional de…