Capital

BioParque do Rio inicia projeto inédito para proteger espécie de rã

O BioParque da capital fluminense iniciou um novo projeto para a proteção da rã-de-seropédica (Physalaemus soaresi). A espécie é classificada como criticamente ameaçada de extinção.

O animal é restrito a Floresta Nacional Mário Xavier, em Seropédica (RJ), na Baixada Fluminense. A rã enfrenta sérias ameaças em função da degradação ambiental, resultante de atividades humanas que poluem seu habitat com lixo e resíduos diversos.

Pesquisadores já alertavam sobre a necessidade de medidas compensatórias para minimizar os danos ao habitat da espécie. No entanto, a situação se agravou e, apesar dos esforços, a rã-de-seropédica permanece em situação crítica. Especialistas temem que, sem ações urgentes, ela possa desaparecer.

BioParque é uma das instituições que atuam na preservação

Em 2023, a ONG Amphibian Ark, em parceria com o ICMBio, identificou espécies de anfíbios em risco e recomendou iniciativas de conservação fora do habitat natural. A partir deste levantamento, três instituições foram selecionadas para desenvolver projetos que garantam a sobrevivência dessas espécies. O BioParque do Rio foi uma das escolhidas e conta com o suporte de pesquisadores renomados, como o Dr. Sergio Potsch, a Dra. Ana Telles e o Dr. Fábio Hepp. Eles lideram os esforços de conservação da rã-de-seropédica.

O Grupo Cataratas investiu R$ 100 mil para viabilizar o projeto. Já o BioParque, que faz parte do grupo, mobilizou cerca de R$ 90 mil na construção de um laboratório. A estrutura conta com salas projetadas para atender todas as necessidades sanitárias e de manejo de espécies de répteis e anfíbios ameaçados de extinção.

Projeto vai criar uma população de segurança da espécie

Como essa espécie nunca foi mantida sob cuidados humanos, ainda não existem protocolos para sua reprodução e manejo. Para evitar riscos associados ao resgate direto dos animais, o projeto começa com uma espécie semelhante, a rã-signifer (Physalaemus signifer), amplamente distribuída e fora de risco de extinção. O trabalho inicial envolve desenvolver técnicas de manejo e reprodução que, no futuro, serão aplicadas à rã-de-seropédica.

“O objetivo principal é criar uma população de segurança da espécie, reduzindo o risco de extinção diante de ameaças como incêndios florestais e pressões humanas na região. Em longo prazo, a iniciativa planeja estudar áreas adequadas para a reintrodução do animal na natureza, ampliando sua distribuição e garantindo sua sobrevivência”, explica Marcos Traad, diretor técnico do Grupo Cataratas.


Quer receber esta e outras notícias diretamente no seu Whatsapp? Entre no nosso canal. Clique aqui.

Posts Recentes

Choque de Gestão em Rio das Ostras

O prefeito Carlos Augusto chegou com tudo e emplacou um choque de gestão em Rio…

10 horas atrás

Estoque de sangue zerado no Hemocentro Regional de Campos

O Hemocentro Regional de Campos (HRC), no Norte Fluminense, enfrenta uma grave crise em seu…

11 horas atrás

Alerj analisa campanha educacional para educação no trânsito

A Alerj analisa uma campanha educacional voltada para motoristas e pedestres, com o objetivo de…

12 horas atrás

Caixa disponibiliza saque calamidade para São Fidelis e SFI

Os trabalhadores de São Fidélis e São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense, podem solicitar,…

12 horas atrás

Panorama Atual do Câncer nos EUA: Avanços, Desafios e Perspectivas Futuras

*Por Flávio Cure O câncer continua sendo uma das principais causas de morte nos Estados…

12 horas atrás

Campos alerta para o sorotipo 3 da dengue

Apesar de não ter registrado caso do sorotipo 3 da dengue, a Secretaria Municipal de…

13 horas atrás