O bairro de Santa Teresa, na região central da capital fluminense, recebe o Festival Arte de Portas Abertas 2024 no sábado (14) e domingo (15). Na 32ª edição, o evento celebra o tradicional bondinho do bairro com o tema Cores do Bonde.
Este é o segundo final de semana do evento, que promove uma exposição coletiva. O público esperado no bairro é de 30 mil pessoas.
“O bonde é a nossa representatividade maior e ele também está sendo reformado. Então criamos esse tema para construir junto aos artistas uma evolução artística maior”, explicou à Agência Brasil o artista plástico e idealizador do evento Valter de Gaudio.
Festival reúne mais de 120 artistas
Entre 120 a 160 artistas em início de carreira ou já consolidados no mercado artístico e cultural estarão reunidos em diferentes pontos da cidade. Ele se distribuem a partir da sede do evento, o Parque Glória Maria, antigo Parque das Ruínas.
Além das exposições, há uma extensa programação de atividades. Estão previstas apresentações de DJs locais e desfile de Moda Conceitual Afro e Artística, além de oficinas com temas variados, desde arte-educação a criação de instrumentos.
Diversas instituições participam de festival
Como nas edições anteriores, participam do circuito de exposições abertas o Museu da Chácara do Céu, o Estúdio Dezenove, a Galeria Preta – Escola de Arte, a Galeria Zé Andrade, a Galeria Ciro Fernandes, o Espaço de Artes Casa Amarela, e o Museu Casa de Benjamin Constant, além dos ateliês dos artistas participantes e galerias de arte Modernista.
Praças e ruas de grande movimentação do bairro de Santa Teresa, como Largo das Neves, Largo do Guimarães e Largo do Curvelo, também recebem intervenções artísticas durante os dois finais de semana do festival.
Santa Teresa é bairro de artistas
Na galeria da sede do evento, é organizada uma grande exposição coletiva com a participação de 63 artistas. Para Gaudio, o evento tem uma grande representatividade por reunir diferentes profissionais de Santa Teresa. “Aqui no bairro temos artistas de várias vertentes, não apenas de artes plásticas, fotografia ou grafite. Temos atores, técnicos, câmeras. O bairro, na verdade, representa uma força muito grande para a arte do Rio de Janeiro”, destaca.
Com relação às edições anteriores, o artista plástico ressalta que, atualmente, o festival busca convidar outros espaços para integrar o circuito cultural do evento. “Não ficamos apenas em Santa Teresa. A Lapa, por exemplo, tem cinco galerias, e essas galerias fazem parte do Festival Portas Abertas e também expõem artistas no Parque Glória Maria”, comenta. “Esse ano, também tivemos uma parceria com a Galeria de Arte do Rio Scenarium, na Rua do Lavradio, e lá vamos fazer uma grande exposição com mais de 300 peças”, conta.