O título dessa coluna repete uma pergunta feita pelo cantor e compositor Cazuza em sua canção Brasil (1988) “qual é o teu negócio o nome do teu sócio, confia em mim”. Como cidadão de um Estado soberano ao qual confio além da minha segurança e da minha família, também a gestão das prioridades que deveriam ser coletivas e a cada dia me sinto menos crédulo de que o Brasil seja realmente dos brasileiros.
Quem realmente é o dono ou quem são os donos do Brasil, os brasileiros que não são, do contrário, organizações criminosas não tomariam casas de brasileiros que vivem em comunidades e nem tampouco seria obrigado a pagar por internet, gás ou transporte cujo resultado é reabastecer o crime seja milícia ou tráfico não importa qual horda ambas são nefastas e perversas.
Se o Brasil fosse de brasileiros frases do tipo “está caro não compra” ou mentiras de campanha não seriam tolerados pois não mais votaríamos nessas pessoas. Não pagaríamos supersalários a magistrados e eles não teriam tanto poder e não seriamos subservientes do modo que somos.
Se o Brasil fosse dos brasileiros, ou se fossemos de fato representados por nossos governantes independentemente da esfera administrativa ou poder, o Ministro Flávio Dino deveria ter que nos explicar o que foi fazer em uma comunidade do Rio de Janeiro, da mesma forma ou o ministro da justiça deveria envergonhado pedir exoneração do cargo, pois a mulher de um chefe de facção investigada visita o ministério da justiça.
Se o Brasil fosse dos brasileiros não haveria espaço na gestão pública para falas como a da ministra Gleisi Hoffmann que na sua busca insana pela recuperação da imagem desgastada de seu chefe, orienta pessoas simples a pegarem o “empréstimo do Lula” e diante da reação ruim da opinião pública dizer que é crítica de oposição.
Não o Brasil não é nosso é de alguém que nunca vimos e por certo nunca veremos mas podemos ter uma intuição de quem seja ou que grupo pertencem, basta atentar para aqueles grupos que são efetivamente beneficiados com o modelo de gestão do Brasil.

Professor Hélvio Costa é jurista e professor universitário
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