Por Nelson Lopes
Sabe quem pode herdar uma vaga na Câmara dos Deputados, em Brasília? Marco Antônio Cabral, filho do ex-governador Sérgio Cabral. É que Otoni de Paula, do MDB, pode virar secretário de Eduardo Paes a partir do ano que vem. Nesse caso, o primeiro suplente da cadeira dele seria o hoje secretário nacional do saneamento, Leonardo Picciani. Só que Picciani já afirmou não ter interesse em deixar este posto. Desta forma, a vaga cairia no colo de Marco Antônio Cabral, que alcançou 23.806 votos nas eleições de 2022 e é o segundo suplente.
Otoni e Paes têm uma reunião marcada para a próxima semana. O emedebista já expressou o desejo de assumir a Secretaria de Assistência Social. Caso a secretaria ofertada a Otoni seja outra, o emedebista pretende indicar um nome para tocar os trabalhos.
E agora, Bolsonaro?
A revelação de um plano golpista que tinha como objetivo matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin, e o ministro do STF Alexandre de Moraes, fez com que bolsonaristas corressem para blindar o general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice de Jair Bolsonaro, em 2022, e é filiado a PL. De acordo com as investigações da PF, uma reunião para debater o plano dos assassinatos, com consequente Golpe de Estado, teria acontecido na casa do general. Entre os que “passaram pano” para a trama está o senador Flávio Bolsonaro.
“Não era nem para ter inquérito aberto. Vontade de matar alguém todo mundo alguma vez na vida já teve. Por mais que seja abominável esse sentimento, isso não é crime. Um crime para ser tentado, em algum momento da sua execução, tem que ter havido algum fato que impediu os agentes de darem continuidade ao plano de concretizar o crime. O que não aconteceu nesse suposto plano de assassinato de autoridade”, disse o senador durante sessão da Comissão de Segurança Pública que debatia sobre a situação de presos nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Lembra do Pazuello? Então…
Mas, Braga Netto não é o único aliado de Jair Bolsonaro enrolado nessa trama. Lembra do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello? Aquele, que foi a aposta de Bolsonaro para resolver a crise da Covid-19? Então, hoje ele bate ponto como deputado em Brasília. No gabinete dele esteve empregado o o general Mário Fernandes, ex-número dois da Secretária-geral da Presidência, que imprimiu no Palácio do Planalto o “plano operacional” que visava assassinar Moraes, Lula e Alckmin.
Ele foi assessor no gabinete de Pazuello entre 28 de março de 2023 a 04 de março de 2024. Os salários giravam em torno de R$ 15.600. Em nota, Pazuello diz que acredita na idoneidade do amigo.
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