Sul Fluminense

Câmeras ajudam a reduzir criminalidade em Volta Redonda

Câmeras de segurança do projeto “Cidade Monitorada”, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) de Volta Redonda, no Sul Fluminense, ajudaram a reduzir a criminalidade no município. Dados do Instituto de Segurança Pública do Rio de Janeiro (ISP-RJ), que reúne informações dos crimes registrados nas delegacias de todo o estado, apontam uma queda de 65% no número de roubos a estabelecimentos comerciais; 54,55% nos índices de roubos a transeuntes e de 52,63% no de roubos de celulares. A comparação foi feita entre janeiro e outubro de 2022 e o mesmo período deste ano.

Hoje, de acordo com a prefeitura, a cidade conta com 700 câmeras nas ruas, sem contar as instaladas para vigilâncias das escolas municipais – ultrapassando os 800 equipamentos, todos gerenciados em tempo real pela Semop, por meio do Ciosp (Centro Integrado de Operações de Segurança Pública). Há o planejamento para expandir o número de câmeras para 1 mil.

As câmeras do “Cidade Monitorada” possuem uma identidade visual (um adesivo com a marca do projeto estampado), facilitando a identificação e inibindo a prática de delitos. Isso também auxilia o cidadão que precise das imagens para elucidação de alguma ocorrência, como um acidente de trânsito, por exemplo. A gravação pode ser solicitada junto ao Ciosp, que fica na sede da Semop, na Ilha São João. Em média, quatro pessoas por dia solicitam a análise de imagens de câmeras de segurança.

Tecnologia em favor da segurança em Volta Redonda

Neste ano, segundo a administração municipal, as imagens ajudaram a prender foragidos da Justiça, identificar autores de crimes e envolvidos em acidentes de trânsito.

Foram as câmeras de monitoramento da Semop que levaram policiais militares a prender, no mês passado, dois homens suspeitos de roubos na cidade. Eles foram presos em um posto de combustíveis no bairro Morada da Granja, após as câmeras para a leitura de placas de veículos (OCR – Optical Character Recognition – reconhecimento óptico de caracteres, em português) identificarem que o carro da dupla era o mesmo utilizado dias antes em um furto, no bairro 249.

Também foram as câmeras da Semop que identificaram o motorista que atropelou e fugiu sem prestar socorro a uma idosa, de 63 anos, na Rua 14, no bairro Vila Santa Cecília, próximo à Praça Brasil. O acidente aconteceu em junho deste ano.

O secretário municipal de Ordem Pública, tenente-coronel Luiz Henrique Monteiro Barbosa, destacou que o objetivo das câmeras é que tudo o que acontece nas ruas do município seja registrado, sendo tudo monitorado em tempo real e interligado ao Ciosp e a outras forças de segurança, como as polícias Civil (93ª DP), Militar (28º BPM), Federal (PF), Rodoviária Federal (PRF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

Videomonitoramento

Além das câmeras para a leitura de placas de veículos, o sistema conta com câmeras fixas e dome. Esses equipamentos possuem zoom óptico e se movimentam por 360 graus, e podem ser controlados de forma remota, por meio de uma central de videomonitoramento.

“Conseguimos monitorar os veículos que trafegam pela cidade, identificando casos de irregularidades, como os envolvidos em roubo, furtos e também em situações de fugas ou acidentes. A ideia das câmeras é que possamos ter um amplo cerco e que nada que ocorra em Volta Redonda passe despercebido”, garantiu o secretário.

Para o prefeito Antonio Francisco Neto, investir em tecnologia e inteligência é o caminho para reduzir a violência e a criminalidade nas cidades modernas. Segundo ele, a ideia é transformar Volta Redonda em uma referência em segurança pública para outras cidades no país.

“Segurança é um dever de todos e a prefeitura tem feito a parte dela. Somos incansáveis para tornar Volta Redonda uma cidade cada vez mais segura”, destacou o prefeito.

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