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Rio apresenta exposição Achados do Valongo, com tesouros arqueológicos da região do Porto

Exposição Achados do Valongo, em cartaz no Muhcab, conta com quase 200 peças encontradas durante as obras do Porto Maravilha.

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30 de novembro de 2022
Rio apresenta exposição Achados do Valongo, com tesouros arqueológicos da região do Porto
A mostra Achados do Valongo reúne 180 peças arqueológicas.

Quase 200 objetos históricos ligados à cultura negra estarão em destaque na exposição “Achados do Valongo”, inaugurada nesta quarta-feira (30), no Museu da História e Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), que fica na Gamboa, na Zona Portuária da capital fluminense.

Ao todo a exposição Achados do Valongo mostra 180 peças arqueológicas como cachimbos de barro, búzios, peças em vidro e cerâmica, figas de osso e madeira: objetos ligados à cultura e a espiritualidade de nações africanas e de seus descendentes no Brasil.

O acervo foi descoberto durante as obras do Porto Maravilha, na região próxima ao Cais do Valongo, na zona portuária, por onde passaram mais de 700 mil africanos escravizados. A exposição, que marca ainda um ano da inauguração do Muhcab, é uma iniciativa da Secretaria Municipal de Cultura e do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, em parceria com pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) e do Museu Nacional.

Achados do Valongo em cartaz por um ano

Gratuita, a exposição ficará em cartaz por pelo menos um ano no Muhcab, que funciona no Centro Cultural José Bonifácio. Criado por ocasião das obras do Porto Maravilha, o LAAU soma cerca de 1,2 milhão de peças localizadas durante as intervenções na Zona Portuária.

Um lote de 262 mil itens é relativo às escavações do Cais do Valongo. As demais são dos sítios Sacadura Cabral, Morro da Conceição e Trapiche da Ordem, entre outros. As peças expostas agora são do lote do Cais do Valongo.

Inaugurado em 2021, o Museu da História e Cultura Afro-Brasileira ocupa um edifício centenário no Cais do Valongo, no bairro da Gamboa. O  rico acervo permanente do museu mistura o presente e o passado e conta com cerca de 2.500 itens.

São obras de arte, painéis, mapas, documentos que contam a história da região conhecida como Pequena África, que testemunhou o maior desembarque de africanos arrancados à força de seus países e vendidos como mercadoria escrava mundo afora.