Artistas locais de Madureira, na Zona Norte da capital, abrem nesta sexta-feira (4) as homenagens ao mês da Consciência Negra. Com três dias de música na quadra da Escola de Samba da Império Serrano, primeira edição do Festival Madureira começa às 19h, com entrada a preços populares, no valor de R$ 10 no local e R$ 12,50, pelo Sympla.
A festa segue no fim de semana. No sábado (5) e domingo (6), as atrações serão a partir das 15h. O festival é produzido 100% por artistas locais que se uniram em uma rede e estão trabalhando para transformar Madureira em um circuito turístico da zona norte.
A iniciativa do Festival Madureura é dos agentes culturais locais da Rede Madureira, com patrocínio da Secretaria de Cultura Municipal do Rio de Janeiro, Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro (Funarj) e concessionária RioGaleão. A classificação etária é livre. Um dos objetivos do Festival Madureira é chamar atenção do turismo para a Zona Norte em contraste à concentração de turistas na Zona Sul e Centro da cidade.
A programação do Festival Madureira nesta sexta-feira conta com o retorno do concurso Noite da Beleza Negra e homenagem ao bloco afro mais antigo do Rio, o Agbara Dudu, que está completando 40 anos de existência.
A Noite da Beleza Negra nasceu na quadra da escola de samba Império Serrano e não acontecia há mais de duas décadas. O concurso elege não só o rei e a rainha da beleza negra em termos estéticos, mas também na parte da elegância e coreografia, entre outros critérios.
Está prevista também apresentação da Bateria da Escola de Samba da Portela. Fechando a noite, o público assistirá a um show da compositora e cantora Leci Brandão, nascida em Madureira, numa grande celebração afro suburbana em homenagem aos tambores e à música preta carioca.
No sábado, a partir das 15h, haverá a Feira Crespa, envolvendo empreendedoras negras que oferecerão ao público seus produtos em barracas de moda, gastronomia e artesanato. Na agenda tem também roda de samba e uma homenagem a Arlindo Cruz feita por seu filho Arlindinho, na sede da Império Serrano. Haverá também apresentação de crianças das escolas de samba mirins da Império Serrano e da Portela.
No domingo, uma atração imperdível é a Roda de Jongo do Morro da Serrinha, com a Companhia de Aruanda, formada por pessoas que praticam o jongo. A Companhia de Aruanda ficou famosa por realizar, há 15 anos, sua roda todos os meses debaixo do Viaduto de Madureira, formando milhares de novos jongueiros. O encerramento do festival ficará a cargo do Grupo Awurê, criado em 2018 em Madureira, que canta sambas em homenagem aos orixás e entidades da umbanda e tem feito sucesso.
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