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Madureira ganha bandeira às vésperas de completar 410 anos de história

Além de Madureira, berço do samba, outros bairros da capital também ganharão bandeiras para chamar de suas e incentivos culturais.

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19 de dezembro de 2022
Madureira ganha bandeira às vésperas de completar 410 anos de história
A iniciativa marca o começo das comemorações pelos 410 anos do bairro, em maio de 2023.

Imortalizado em sambas e no imaginário popular, o bairro de Madureira, na Zona Norte da capital fluminense, agora tem uma bandeira própria. A iniciativa marca o começo das comemorações pelos 410 anos do bairro, em 2023.

O estandarte foi instalado num mastro dentro da Arena Carioca Fernando Torres, no Parque Madureira Mestre Monarco. A bandeira foi idealizada pelo jornalista e escritor Marcelo Moutinho junto com a designer Nathalie Nery e é uma iniciativa do secretário municipal de Cultura, Marcus Faustini. Moutinho, vencedor do prêmio Jabuti pelo livro “A Lua na Caixa d’Água”, é nascido no bairro e foi convidado para a homenagem.

Zonas de Cultura contemplou Madureira

A instalação da bandeira marca ainda o encerramento do primeiro ano do programa Zonas de Cultura, da Secretaria Municipal de Cultura, que envolveu 350 mil pessoas numa série de atividades realizadas neste ano, gerando mil postos de trabalho.

Aprovado no Plano Estratégico até 2024, o Zonas de Cultura injeta recursos em um determinado trecho do bairro para ações culturais e a criação de calendários, além de fomentar cursos de capacitação. Primeiro território contemplado, o bairro recebeu, este ano, R$ 1,5 milhão, que financiou a realização de três festivais, o circuito Madureira de Portas Abertas e dez propostas de intercâmbio cultural.

 “Apoiamos a produção local e fazemos conexões. Trouxemos o Berthassaura, a Luzia e a Carolina Maria de Jesus para Madureira. Um esforço para recriar outras centralidades culturais e desenvolver regiões”, ressalta Faustini.

Moutinho, que escreve principalmente sobre literatura, música brasileira e cinema, falou sobre a ação. “Essa junção de cores é uma profusão de bandeiras. As escolas de samba têm bandeira. Madureira é meu centro, de onde vejo o mundo, minha Macondo (uma cidade fictícia descrita no romance “Cem Anos de Solidão”, de Gabriel García Márquez). Lugar mítico, autoestima suburbana de falar que Madureira é meu centro”, conclui.