O carnaval do Rio de Janeiro deve injetar recursos de R$ 5 bilhões na economia da capital fluminense. É o que estima a prefeitura. Esse montante deverá entrar com com serviços ligados, direta ou indiretamente, aos festejos, como turismo, eventos, transportes, artistas, imprensa, publicidade, entre outros. O público total, durante todos os dias da festa, é estimado em 7 milhões de pessoas, nos desfiles do Sambódromo, na Intendente Magalhães, Terreirão do Samba, Carnaval de Rua e nos bailes populares.
Os números são da terceira edição do estudo “Carnaval de Dados”, uma publicação elaborada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), pela Riotur (Empresa de Turismo do Município do Rio de Janeiro e pelo Instituto Fundação João Goulart (FJG).
“Nós mantivemos o incentivo para as escolas de samba, para realizarem um grande espetáculo e estamos dando todo apoio aos blocos que fazem uma linda festa nas ruas e movimentam a economia da cidade”, disse o prefeito Eduardo Paes.
Sobre a arrecadação de ISS no mês do carnaval (fevereiro), o Rio arrecada, no total, quase R$ 500 milhões, com todos os serviços prestados, ligados ou não ao evento. Dos serviços que têm alguma relação, direta ou indireta, estima-se que a cidade arrecade quase R$ 200 milhões de impostos (ISS), sendo aproximadamente 20% somente com turismo e eventos.
“O setor de Serviços tem uma importância enorme na economia carioca, com peso de mais de 80%. O carnaval, sem dúvida, é fundamental nesse processo. Durante todo o ano, a festa movimenta o setor da economia criativa, empregando milhares de profissionais e gerando renda. Nos dias oficiais, atrai turistas e uma multidão de cariocas e fluminenses pelas ruas da cidade e na Marquês de Sapucaí”, avalia Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico do Rio.
O levantamento da prefeitura mostra o investimento que a administração municipal faz na festa. Por meio de incentivo cultural, no total, o município fornece R$ 40,8 milhões para as Escolas de Samba que desfilam na Marquês de Sapucaí. Durante seis dias de desfiles no Sambódromo, são 28 Escolas de Samba do Grupo Especial (12) e da Série Ouro (16), com mais de 60 mil pessoas desfilando, além das 17 Escolas Mirins.
Durante o ano, para a preparação para o Carnaval, foram 960 horas de preparação física para os artistas do Carnaval que participam do Samba Pass. Nas ruas, há centenas de blocos. 453 desfiles são autorizados pela Riotur com antedecência.
Também há um grande investimento logístico, operacional, com milhares de servidores públicos trabalhando nos eventos. São mobilizados 27 órgãos públicos da Prefeitura do Rio. Isso significa que 4 em cada 10 órgãos da prefeitura atuam no carnaval, sob a liderança da Riotur, responsável pela organização.
Em relação aos trabalhadores ligados aos diversos eventos, o estudo estima ter cerca de 50 mil pessoas. São 20 mil pessoas no Sambódromo, entre seguranças, faxineiros, jornalistas, pessoal dos serviços das lanchonetes, camarotes, entre outros. Nos eventos do Carnaval na cidade, são 20 mil servidores municipais, como garis da Comlurb, guardas municipais, funcionários da Riotur, CET-Rio, médicos da SMS, entre outros. E mais 10 mil ambulantes licenciados trabalham nos blocos espalhados pelo Rio.
No total, são 5,6 mil equipamentos destacados especificamente para atuação nos eventos. Por exemplo, são 939 veículos, entre viaturas da Secretaria de Ordem Públicas (SEOP) e da Guarda Municipal, caminhões da Comlurb e da Rioluz, ambulâncias da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), reboques da CET-Rio, dentre outros.
Há 32 leitos para eventuais atendimentos da Secretaria de Saúde, nos seis postos localizados no Sambódromo; 530 projetores de LED da RioLuz; 26 Painéis de Mensagens Variáveis da CET-Rio, 69 câmeras de monitoramento da prefeitura. A SMS distribui 600 mil preservativos. E 19 órgãos vão realizar campanhas de conscientização durante o carnaval do Rio.
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