Capital
A.R.L. Vida e Obra

CCBB recebe nova exposição a partir de quarta-feira

Exposição reúne mais de 90 obras do fotógrafo e pintor brasileiro Antônio Roseno de Lima. A mostra fica no CCBB Rio até 28 de outubro.

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02 de setembro de 2024
Julio Cesar
CCBB recebe nova exposição a partir de quarta-feira
Exposição conta com três reproduções em 3D. (Foto: Mateus Baranovski)

A exposição “A.R.L. Vida e Obra“, do fotógrafo e pintor brasileiro Antônio Roseno de Lima (1926-1998), entra em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) da capital fluminense nesta quarta-feira (4). A visitação é gratuita e o ingresso é retirado pela internet.

Esta é uma oportunidade para o público conhecer a produção do artista outsider, natural de Alexandria, RN. Ele migrou para São Paulo e encontrou na arte a forma de se expressar. Semianalfabeto e morador da periferia de Campinas, A.R.L., como é conhecido, decidiu assinar suas obras para afirmar sua identidade como um cidadão. Foi descoberto no final da década de 1980 pelo artista plástico e professor doutor do Instituto de Artes da UNICAMP, Geraldo Porto, que assina a curadoria da mostra.

A exposição reúne mais de 90 obras, na sua grande maioria pinturas, principal suporte usado pelo artista. Há ainda à disposição do público 3 três reproduções em 3D. A medida facilita a acessibilidade para pessoas com deficiência visual. A mostra, que já passou pelos CCBBs SP, BH e DF, fica no CCBB Rio até 28 de outubro, encerrando sua temporada.

Exposição de obras do “pintor pop da favela”

Impressionado pela singularidade da obra de Roseno, o curador Geraldo Porto conta que a primeira vez que viu seus quadros foi em uma exposição coletiva de artistas primitivistas no Centro de Convivência Cultural de Campinas, em 1988. “Naquele instante, tive a certeza de estar diante de um artista raro”, afirmna.

Ele acrescenta que o pintor já se destacava entre os demais. Depois de ganhar notoriedade , passou a ser “chamado pelos jornalistas de ‘pintor pop da favela’, – fazendo referência ao Pop Art, movimento norte-americano dos anos sessenta – porque seus quadros misturavam imagens, fotografias, propagandas e palavras como nos cartazes comerciais”.


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