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Urbanismo

Centro do Rio ganha destaque em projeto de cidade ideal

Revitalização e ampliação do Centro impulsionam investimentos em bairros vizinhos e atraem moradores.

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28 de janeiro de 2025
Sara Oliveira
Centro do Rio ganha destaque em projeto de cidade ideal
Ocupação ampliada do Centro do Rio, com investimentos em bairros vizinhos, faz parte de projeto de cidade ideal. (Foto: Divulgação)

O Centro do Rio de Janeiro está no coração de um ambicioso projeto urbanístico que busca transformá-lo em uma “cidade ideal”. A proposta se apoia no conceito de cidades compactas e multifuncionais, onde, em um raio de 1 km, moradores podem acessar lazer, trabalho, moradia, educação e entretenimento. A ideia tem sido defendida por Sydnei Menezes, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ), como um modelo viável para revitalizar a região.

De acordo com Menezes, o Centro já possui uma infraestrutura consolidada, com acesso a diferentes modais de transporte, serviços e equipamentos urbanos. No entanto, o que falta para completar essa equação são pessoas vivendo na região. A ocupação populacional tem sido o foco de políticas públicas e incentivos da Prefeitura, incluindo a oferta de benefícios para a construção de prédios residenciais.

Uma década de transformação do Centro do Rio

A transformação do Centro carioca começou há cerca de uma década, com a derrubada do Elevado da Perimetral e os investimentos na Região Portuária, dentro do projeto Porto Maravilha. A revitalização trouxe marcos como o Museu do Amanhã, o Boulevard Olímpico e o Museu de Arte do Rio, consolidando o local como um polo turístico. Agora, o objetivo é expandir essa vitalidade urbana para além dos dias úteis e horários comerciais, alcançando também bairros vizinhos, como Praça da Bandeira, São Cristóvão, Gamboa e Catumbi.

Menezes destaca que, para viabilizar o conceito de “cidades ideais”, é essencial planejar a ocupação de maneira ordenada e adaptada às demandas locais. “No caso do Centro do Rio, a densidade planejada é fundamental para garantir a funcionalidade do espaço. Precisamos de edificações versáteis, com apartamentos de diferentes tamanhos, que atendam desde jovens solteiros até famílias”, explica.

Os desafios de transformar o Centro em uma área habitada e dinâmica estão no radar das autoridades e dos investidores, mas os ganhos potenciais são expressivos. Para Menezes, o modelo tem tudo para atrair um novo perfil de moradores e promover um reequilíbrio populacional que pode se estender a outras regiões do Rio de Janeiro.


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