A cidade do Rio de Janeiro abriu o primeiro polo de atendimento para pacientes com dengue, em Curicica, na Zona Oeste da capital fluminense. Outros dois polos foram abertos em seguida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), nos bairros de Campo Grande e Santa Cruz, também na Zona Oeste, região que concentra os maiores números de casos da doença. São os primeiros de um total de 10 previstos, inicialmente, no plano de contingência da prefeitura para o enfrentamento da epidemia.
“Estamos ampliando nossa capacidade instalada para atender a todas as pessoas que tenham sintomas da dengue. Aqui, o paciente consegue fazer todo o tratamento. Ele chega, faz o hemograma e também a sorologia. Se precisar, faz a hidratação venosa e oral aqui mesmo. E se precisar de internação, temos leitos dedicados para arboviroses e infectologia. O objetivo é reduzir o número de casos graves e de óbitos por dengue. Esse tratamento precoce faz toda a diferença”, comentou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Os polos estão localizados em unidades de Atenção Primária ou hospitais, e funcionarão de segunda-feira a sábado, das 7h às 19h. Durante o carnaval, o funcionamento será ininterrupto, inclusive no domingo (11/02).
O polo de Curicica funciona no Hospital Municipal Raphael de Paula Souza (Estrada de Curicica, 2.000) e conta com 20 cadeiras de medicação. Em Campo Grande, foi instalado no CMS Belizário Penna (Rua Franklin, 29), com 28 poltronas e macas. Já em Santa Cruz fica na Policlínica Lincoln de Freitas Filho (Rua Álvaro Alberto, 601), com 11 cadeiras e macas. Todos eles contam com consultório e sala de coleta e terão plantões diários com cerca de 12 profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, além de pessoal de apoio operacional.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, que participou d abertura do polo em Curicica, disse que 75% dos focos do mosquito encontram-se nas casas e ela destacou que a população tem um papel fundamental neste momento na prevenção.
“As pessoas não devem se automedicar. Os sintomas já são conhecidos: febre alta, dores nas articulações e atrás dos olhos, e manchas na pele. Devem procurar o atendimento na unidade de saúde para que os casos não se agravem”, disse a ministra.
Os polos são preparados para o diagnóstico e tratamento das pessoas com dengue, com pontos para hidratação venosa ou oral, conforme necessidade de cada caso. Para os quadros mais graves, com indicação de internação, os pacientes serão regulados como emergências pela Central Municipal de Regulação e transferidos para leitos dedicados à dengue nos hospitais da rede de urgência e emergência do município. O Hospital Municipal Ronaldo Gazolla (HMRG), em Acari, será unidade de concentração para a doença, inicialmente com 20 leitos. O hospital, que durante a pandemia da covid-19 foi referência para o tratamento dos pacientes com quadros mais graves, tem expertise e preparo para passar rapidamente pelas alterações de fluxo necessárias em uma situação de epidemia.
Ainda esta semana estão previstas as inaugurações de outros sete polos para dengue, nos bairros de Bangu, Madureira, Del Castilho, Tijuca, Gávea, Centro e Complexo do Alemão. Caso haja necessidade, em razão do aumento do número de casos, mais centros de atendimento poderão ser abertos. Além dos polos, os 150 centros de hidratação montados no final do ano passado nas unidades de saúde para o atendimento de pacientes devido aos efeitos do calor também serão usados na assistência às pessoas com dengue.
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