Saúde
MALEFÍCIOS

Cigarros eletrônicos são tema de parceria entre Inca e Fiocruz

Representantes das duas entidades criticam possibilidade de regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil.

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13 de setembro de 2024
Julio Cesar
Cigarros eletrônicos são tema de parceria entre Inca e Fiocruz
Parceria vai produzir dados científicos e econômicos sobre o impacto negativo do cigarro eletrônico.

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) firmaram acordo de cooperação técnica sobre os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs). A finalidade é produzir e divulgar conhecimentos científicos com relação aos DEFS, conhecidos como cigarros eletrônicos.

O objetivo é fortalecer as políticas públicas de controle do tabagismo. Especialistas das duas instituições vão manter um grupo permanente de trabalho para a produção de dados científicos e econômicos sobre o potencial impacto negativo da inserção dos DEFs no mercado. A primeira reunião conjunta aconteceu na última terça-feira (10).

Um dos principais desafios da parceria é contrapor o marketing da indústria de tabaco com dados científicos sobre os danos causados à saúde pelo cigarro eletrônico.

Instituições criticam ideia de regulamentação dos cigarros eletrônicos

O diretor-geral do Inca, Roberto Gil disse que o compromisso dos dois órgãos é com a ciência. “Estamos alimentando todos os interlocutores com evidências de que esses produtos fazem muito mal e vamos produzir ainda mais dados”, afirmou. Gil destacou que a sustentabilidade do sistema de saúde depende do enfrentamento dos fatores de risco de doenças crônicas, como o tabagismo. “A conta chega lá na frente. Por isso temos que agir agora”.

O presidente da Fiocruz, Mario Moreira, destacou o apoio da instituição à decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de proibir os DEFs no Brasil. Ele considera que a ideia de regulamentação do uso desses produtos atende a interesses apenas do mercado. “A Fiocruz e o Inca são instituições estratégicas nesse debate. Vamos trabalhar juntos para exercer nosso papel técnico na geração de mais evidências científicas sobre a extensão dos malefícios desses dispositivos eletrônicos sobre a saúde humana, especialmente a dos jovens”, afirmou Moreira.