Por Nelson Lopes
O governador Cláudio Castro conseguiu o seu presente de natal, na última semana de trabalhos legislativos deste ano, ao ver aprovado no Senado o Projeto de Lei que trata da renegociação da dívida dos estados, o Propag. Agora, o texto segue para sanção presidencial. A proposta, que visa modificar as condições de pagamento das dívidas estaduais, é considerada uma medida crucial para aliviar as finanças de diversas unidades federativas, incluindo o Rio de Janeiro, que enfrenta desafios fiscais significativos.
Castro acompanhou a votação diretamente do plenário do Senado, a exemplo do que havia feito na semana anterior, na Câmara. O governador do Rio acompanhou as articulações de perto e encabeçou os diálogos com o Ministério da Fazenda.
O ano está acabando, mas a Polícia Federal segue em cima de deputados do Rio de Janeiro. A PF faz buscas nesta quinta em endereços ligados a assessores dos deputados federais Carlos Jordy (PL) e Sóstenes Cavalcante (PL). Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.
A operação mira um suposto uso de recursos da cota parlamentar para pagamentos irregulares – incluindo transferências “sem justificativa aparente”. Há ainda indícios do chamado “smurfing”, aquela prática de dividir uma transferência de dinheiro irregular em pequenos depósitos sucessivos para que a transação não apareça no radar dos órgãos de fiscalização. A PF apura também suposta relação desses assessores com uma empresa já citada em investigações por fraudes em licitação no Amazonas.
Os dois deputados se dizem inocentes.
Cláudio Castro não descarta se candidatar ao Senado em 2026. Ele diz que ainda não tomou qualquer decisão e que precisa se dedicar neste momento a questões administrativas do estado. Tem quem diga que tentar uma vaga na Câmara seria um “voo mais tranquilo” para Castro, já que sua eleição é dada como certa.
O governador falou ainda sobre os prováveis candidatos à sua sucessão. Elogiou o vice Thiago Pampolha e o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar. E citou ainda Washington Reis. Enfatizou que Pampolha, como vice, e Bacellar, como presidente do poder Legislativo, têm legitimidade para pleitear o posto.
Quanto ao Senado em 2026, é dado como certo que Benedita da Silva só não será a candidata de Lula, caso ela não queira. Petista histórica, amiga do presidente e mulher negra, ela tem seu nome dado como certo para entrar no páreo. A segunda vaga, dizem, poderia ficar com Pedro Paulo ou com Alessandro Molon. É esperar pra ver.
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