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A Importância de proteger o coração na infância: diferenças entre cardiopatias congênitas e adquiridas para um cuidado eficaz da saúde

No Dia do Cardiologista, a doutora Isabela Rangel, Diretora Médica do Pro Criança Cardíaca, escreve sobre cuidados com o coração na infância.

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14 de agosto de 2024
A Importância de proteger o coração na infância: diferenças entre cardiopatias congênitas e adquiridas para um cuidado eficaz da saúde
Dra. Isabela Rangel ao lado da Dra. Rosa Célia: cuidado com o coração das crianças

*Por Dra. Isabela Rangel

No Dia do Cardiologista, em 14 de agosto, como diretora médica do Pro Criança Cardíaca, cardiologista e pediatra, alerto que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. No Brasil, atualmente, é responsável por mais de 243 mil mortes, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

Para alcançarmos a longevidade, proteger o coração ainda na infância é essencial. Vários trabalhos científicos demonstram que ter um estilo de vida saudável desde cedo, preservando o bem-estar físico e mental, faz toda a diferença.

As cardiopatias podem ser congênitas ou adquiridas. As congênitas são anomalias na estrutura e/ou função do coração que ocorrem durante a vida fetal. Sua incidência é de cerca de 1 para cada 100 nascidos vivos.

O diagnóstico pode ser feito ainda com a criança na barriga da mãe. Com o ecocardiograma fetal, por exemplo, é possível identificar lesões estruturais antes do nascimento e, em geral, deve ser realizado entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. São as malformações mais frequentes ao nascimento.

Não têm uma causa definida e ocorrem pela interação de fatores genéticos e ambientais. O diagnóstico precoce, os avanços nas técnicas cirúrgicas e da hemodinâmica, assim como o acompanhamento regular por uma equipe multidisciplinar possibilitam a maior sobrevida e a melhora na qualidade de vida desses pacientes.

Para alcançarmos a longevidade, proteger o coração ainda na infância é essencial”

O trabalho realizado no Pro Criança Cardíaca fornece o diagnóstico, tratamento e acompanhamento de crianças com cardiopatias congênitas, além de dar o suporte necessário à família. O Projeto Social sem fins lucrativos fundado em 1996 pela cardiologista Dra. Rosa Celia acumula dados até junho deste ano que representam apoio à vidas: 156.530 pessoas impactadas, 15.653 pacientes atendidos, 124.670 atendimentos e 1.827 procedimentos invasivos realizados, além de ações assistenciais integradas.

Já as doenças cardiovasculares adquiridas são aquelas que ocorrem durante o curso da vida. Os fatores de risco são variados: desde história familiar/carga genética de fatores extrínsecos como sedentarismo, estresse, alimentação desregrada, maus hábitos (como fumar e consumo de bebida alcoólica e sono inadequado).

E quando falamos dos principais complicadores para a saúde cardiovascular estão no topo da lista a obesidade, hipertensão, diabetes e dislipidemia.

O cardiologista é o especialista que faz o Pro Criança Cardíaca seguir salvando vidas. Com a sua expertise, conseguimos identificar precocemente os problemas cardíacos, proporcionar o tratamento adequado e acompanhar de perto o desenvolvimento das crianças, garantindo que elas tenham a melhor qualidade de vida possível.

A atuação dedicada dos cardiologistas junto com outros profissionais é fundamental para o sucesso das intervenções e para o apoio contínuo às famílias, consolidando o Pro Criança Cardíaca como uma referência no cuidado de crianças e jovens pacientes cardíacos.

*Dra. Isabela Rangel é Diretora Médica da Pro Criança Cardíaca


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