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Depois da tempestade, a bonança bolsonarista

Por Nelson Lopes

Passado o “maremoto” causado pela divulgação do áudio de uma reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro discute como blindar o seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), investigado pelo caso das “rachadinhas”, a campanha de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio aposta em um salto de até 5 pontos percentuais nas pesquisas. A interpretação é de que o caso atrelou Ramagem a Bolsonaro de vez na cabeça do eleitorado, acelerando um processo que ainda demandaria tempo.

Não por acaso, a campanha investirá no discurso de “perseguição” a Ramagem por representar os valores bolsonaristas. É claro que o próprio ex-presidente se engajará cada vez mais neste discurso, com o objetivo de levar a peleja para o segundo turno, contra Eduardo Paes.


Força-tarefa

Bolsonaro, aliás, foi ao Rio para socorrer bolsonaristas candidatos a prefeito em cinco cidades, que estão atrás nas disputas. Tudo começou, é claro, com Alexandre Ramagem em ato na Tijuca. Mas, o ex-presidente também passou o chapéu por votos em Duque de Caxias, onde tentou alavancar Netinho Reis (MDB), afilhado político de Washington Reis. Em Itaguaí, ele apoiará Alexandre Valle.

Acha o suficiente? Que nada. Tudo terminará na Costa Verde, em Angra dos Reis, onde Renato Araújo é o nome escolhido pelo bolsonarismo.


Pedro Paulo em compasso de espera

E o deputado federal Pedro Paulo ainda seguirá sem saber o seu futuro por algum tempo. Ele, que sonha ser o vice de Eduardo Paes à prefeitura – e com isso poder herdar a cadeira em 2026, caso Paes tente o governo – ainda viverá algumas semanas de apreensão. Paes vai chegar à convenção do PSD, neste sábado, sem ter o vice da chapa de outubro definido.

Paes está entre Pedro Paulo e o deputado estadual Eduardo Cavaliere, ex-secretário de Casa Civil. O prefeito não deve esperar até o dia 15 de agosto, limite para o registro de candidaturas, mas é possível que tome uma decisão perto do dia 5, prazo final para as convenções. Um vice do PT, indicado por Lula, portanto, está descartado.


As pressões vêm da esquerda…

Paes resiste bravamente para ter uma chapa puro-sangue, formada apenas por nomes do PSD, mas segue recebendo pressões de partidos da esquerda. Nesta semana, ele recebeu uma comitiva de Brasília com dirigentes do PT, PDT, PCdoB, PV e Solidariedade. Ouviu deles que terá o apoio das siglas independentemente de quem for o escolhido para o posto de vice da chapa.

Mas, os partidos reiteraram as indicações dos petistas André Ceciliano e Adilson Pires e da pedetista Martha Rocha para o cargo. Paes ouviu a tudo, mas não deu esperança aos políticos da base de Lula.


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