A meningite é uma doença considerada grave e com altas taxas de letalidade. Além do óbito, os pacientes podem sofrer sequelas importantes, como perda auditiva, de visão, da fala, motora e até ficar em estado vegetativo. O alerta é da Secretaria de Estado de Saúde, que destaca a importância da imunização para prevenir.
Apesar de ser a forma mais eficaz de evitar a infecção, a cobertura vacinal no estado do Rio está longe da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, de 95%. Isso ocorre mesmo com as vacinas sendo disponibilizadas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As principais doses disponíveis são a Meningocócica C, administrada em crianças de três meses até quatro anos; a Pneumocócica 10, para crianças de dois meses a quatro anos; e Pentavalente, administrada a partir de dois meses até seis anos de idade.
A cobertura da Meningo C em todo o Estado está em 61%, sendo que meta é 95%. Os municípios fluminenses também estão abaixo da média nacional, atualmente em 70%. O cenário também se repete na Pneumo 10, que conta com cobertura de 69% no Estado, e 80% na média do país. Já em relação à Pentavalente, as coberturas estão em 72% no Rio e em 83% no Brasil.
Levantamento feito pela Vigilância Epidemiológica da SES-RJ indica que 5.234 casos foram notificados no Estado do Rio de 2020 a 2023, período da pandemia da Covid-19, quando houve subnotificação de diversas doenças endêmicas. Ou seja, o número pode ter sido ainda maior. No mesmo período, foram registrados 522 óbitos. Muitos deles evitáveis.
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação indicam que 413 pessoas foram internadas com esse diagnóstico, a maioria crianças e adolescentes, apenas neste ano. De acordo com a Vigilância Epidemiológica da SES-RJ, a taxa de letalidade da doença no estado do Rio é, em média, de 10% ao ano.
A doença é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A meningite pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas, sendo as virais e bacterianas as de maior importância para a saúde pública. Os fatores preocupantes são a magnitude de ocorrência e o potencial de propagação.
Em princípio, pessoas de qualquer idade podem contrair meningite, mas as crianças menores de 5 anos são mais atingidas. Em geral, a transmissão é de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta de pessoas infectadas, assintomáticas ou doentes.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Casos são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono e no inverno, e das virais, na primavera e no verão.
A infectologista da Fundação Saúde, Clarisse Pimentel, explica que o agente infeccioso causador da meningite age no Sistema Nervoso Central (SNC) e, desta forma, pode afetar diversas áreas do corpo.
“Por conseguir acessar o Sistema Nervoso Central, a meningite ganha potencial de afetar diversas partes do corpo e comprometer suas funcionalidades, justamente porque o SNC é responsável pelas nossas atividades, como locomoção, raciocínio e memória”, explica.
A médica esclarece que a doença meningocócica se destaca das demais por apresentar evolução mais rápida, podendo surgir manchas na pele, que nos casos mais graves se disseminam por todo o corpo.
“O tratamento requer o uso de antibióticos, mas, em alguns casos, mesmo com um manejo clínico adequado e em tempo oportuno, as medicações acabam não sendo eficazes e a doença progride com gravidade. Ainda assim, o diagnóstico precoce contribui para um desfecho mais favorável”, pontua.
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