Baixada Fluminense
Democracia

De Magé para o mundo. A voz dos excluídos

Diretora-geral da Câmara Municipal de Magé, Flavinha Freitas faz planos para o futuro com o tremular da maior de suas bandeiras.

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15 de agosto de 2023
De Magé para o mundo. A voz dos excluídos
Flavinha Freitas, diretora-geral da Câmara Municipal de Magé.

Seja a mudança que você quer ver no mundo. A frase é clichê, mas é verdadeira e norteia qualquer plano de transformação que se preze. E é esta mudança de rumo que começa a se desenhar em Magé, na Baixada Fluminense. Nos últimos anos as mulheres mageenses passaram a ser mais assistidas e podem, nos próximos anos, ter as vozes amplificadas.

Quem desenha o cenário político de Magé para os próximos anos não deixa de circular o nome de Flávia Freitas, diretora-geral da Câmara Municipal, como alguém que potencializa as vozes das mulheres da cidade e tem força para fazer a transformação.

Em conversa com o Conexão Fluminense, Flávia Freitas nos mostra que a bandeira que levanta não é restrita às mulheres e tem muita relação com algo que deveria ser lugar comum na humanidade: dignidade e inclusão.

“Todos nós já fomos excluídos uma vez na vida e não estamos livres de ser excluídos novamente. É necessário que o nosso lugar social esteja apto a resolver esse problema. Eu me intitulo como líder do movimento dos excluídos. Vou dar voz a essas pessoas para que elas tenham condições de se posicionar na sociedade com dignidade.

O começo em Magé

Jornalista de formação, Flávia Freitas ganhou experiência no xadrez político ao atuar com jornalismo político junto a personalidades como Leonel Brizola e tocar um veículo de imprensa que registrava os atos das prefeituras da Baixada Fluminense.

Depois de experiências em missões internacionais ligadas à sua profissão de origem, Flávia passou a despertar a atenção dos agentes políticos de Magé como um possível nome para o time da política da cidade.

A chance veio na última eleição, quando ela concorreu ao cargo de deputada federal. A eleição não veio, mas seu desempenho, mesmo sem muito recurso, chamou atenção. A chave tinha virado.

“O gosto aflorou, pois eu sempre trabalhei para eleger pessoas e agora eu estava tendo a oportunidade de trabalhar para mim para fazer uma história acontecer na minha vida. Eu trabalhei quatro semanas só. Eu não tinha dinheiro para investir, mas tive votação expressiva para quem trabalhou pouco. Tive mais de mil votos. Os olhos dos políticos locais voltaram-se para mim. Sem estrutura financeira, sem um nome, sem ninguém trabalhando. Imagine se trabalharmos a carreira dela.”

Após conquistar 1024 votos pelo PRTB em sua primeira corrida eleitoral, Flavinha Freitas entrou de vez no xadrez político da cidade e foi convidada para exercer o cargo de diretora-geral da Câmara Municipal de Magé. Ela conta com orgulho que a cidade nunca teve uma mulher nesta função. É pioneira.

O futuro de Magé

A quem pertence o futuro de uma nação? Obviamente a resposta de prontidão é: ao povo. Mas isso só é possível se os pilares da democracia forem colocados em prática. E é preciso mais do que isso. É preciso olhar para além da margem da sociedade.

É com este Norte que Flavinha Freitas olha para frente com a força de quem quer continuar a fazer sua história em Magé e não descarta as alternativas que venham a surgir, desde que sejam escada para que ela realize seus sonhos.

Sobre a possibilidade de formar com Jamille Cozzolino, atual vice-prefeita de Magé, uma dobradinha feminina para fincar de vez a força das mulheres no município da baixada Fluminense, Flavinha Freitas não despista, mas abre o leque.

“Ainda é cedo para eu falar para você em desenhar um cenário. Mas pelo que eu vejo em Magé, o caminho das mulheres está se solidificando cada vez mais. As mulheres no comando do município. Como diretora-geral da Câmara Municipal, naturalmente, sou uma pessoa que acaba sendo citada como uma possibilidade para ser uma vice, mas não há nada firmado, não há nenhum acordo”.

“Pela minha trajetória eu fico muito feliz por estar sendo lembrada como uma pessoa competente para talvez estar ao lado da possível candidata à prefeitura, Jamille, que hoje faz parte do meu grupo político. Mas eu acredito que o caminho natural, caso não haja a possibilidade de ser uma vice é lutar por uma cadeira de vereadora. Já estou na casa e gostaria de ter a oportunidade de fazer história novamente, ao ser eleita vereadora”.

Voz dos excluídos
É com orgulho que Flavinha Freitas narra o que pensa de sua atuação no município de Magé. Ela polemiza ao falar que todos já fomos excluídos em algum momento da vida, pois em vários momentos da vida oportunidades são negadas e desenha o que é preciso fazer para acabar com esse processo que causa tantos problemas de saúde mental. Uma amostra do que ela pretende poderá ser vista em breve:

“Eu quero fazer a marcha dos excluídos. Me unirei a algumas pessoas. Tenho em mente mostrar que nós somos muitos. Nós precisamos mostrar que do jeito que está não está legal. Então eu tenho essa necessidade de fazer esta marcha, no centro do Rio de Janeiro, para ter visibilidade e amplitude”.