Há 50 anos e a 124 metros de profundidade foi descoberto o primeiro campo com volume comercial da Bacia de Campos, no Norte Fluminense. Atualmente, são cerca de 100 mil metros quadrados e expectativa de US$ 22 bilhões em investimentos pela Petrobras nos próximos anos.
Segundo a Pré-Sal Petróleo S/A, empresa pública federal, após o campo Garoupa, vieram o de Namorado, em 1976, e o de Enchova. Este último foi em 1977 e marcou o início da produção comercial offshore. O processo de expansão seguiu em 1984. Naquele ano, o primeiro grande campo em águas profundas do Brasil foi descoberto e recebeu o nome de Albacora.
Outros campos da mesma proporção começaram a ser explorados nos anos seguintes. Marlim, Roncador, Barracuda e Caratinga são exemplos.
Formação da Bacia aconteceu há 100 milhões de anos
A Bacia de Campos começa na Região dos Lagos, na altura de Arraial do Cabo, e prossegue até Vitória, capital do Espírito Santo. No território capixaba estão campos de grande porte como os Jubarte e Cachalote, em uma área conhecida como “Parque das Baleias”.
A Pré-Sal Petróleo S/A estima que a formação aconteceu há 100 milhões de anos. O órgão, que é ligado ao Ministério de Minas e Energia (MME), explica que o processo ocorreu através da separação dos continentes sul-americano e africano. Esse movimento formou uma espécie de “aterro natural”, composto por sedimentos liberados no Oceano Atlântico.
Petrobras estima investimentos até 2028
Em contato com o Conexão Fluminense, a empresa brasileira afirmou que pretende investir cerca de US$ 22 bilhões na Bacia de Campos, que já acumula a produção de mais de 14 bilhões de barris de óleo e gás. Os recursos serão direcionados para revitalização.
De acordo com a Petrobras, são aproximadamente 60 mil trabalhadores, sendo 7.175 empregados próprios. “O impacto na região abrange a geração de empregos diretos e indiretos, o fomento da indústria e do comércio, o desenvolvimento técnico e científico, bem como a atuação em 14 projetos socioambientais, que impulsionam o desenvolvimento socioeconômico dos 17 municípios abrangidos pela bacia”, destacou.
A empresa ressaltou ainda que a Bacia de Campos é responsável por aproximadamente 20% da produção própria de petróleo e gás da Petrobras. É por este contexto que cidades desta área abrigam unidades de grande parte da cadeia produtiva que envolve a indústria. Nos locais atuam empresas de exploração e produção, processamento de Gás Natural, geração de energia Elétrica e sistemas submarinos e poços.
Investimentos da Petrobras na Bacia de Campos geram expectativas
Uma das cidades mais beneficiadas pela exploração é Macaé, com cerca de 245 mil habitantes. A cidade abriga, por exemplo, a Base de Apoio Offshore (BMAC). É o único porto próprio da Petrobras para atendimento à logística de suporte à rotina e aos projetos especializados de ancoragem das plataformas de toda companhia.
Desde 1991, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registra evolução no Índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM). O crescimento acontece, em grande parte, junto com a consolidação do volume de recursos destinados a prefeitura via royalties.
A expectativa da cidade com o plano de revitalização é que a Bacia de Campos reassuma o protagonismo de produção no mercado offshore brasileiro. O anseio é que o ambiente volte a ser semelhante à década de 70.
“A decisão da Petrobras em ampliar os investimentos na Bacia de Campos eleva a capacidade de Macaé em atrair investimentos, gerar oportunidades e mais empregos. Nós preparamos a cidade para viver este novo ciclo de desenvolvimento a partir do potencial do petróleo, do gás e da energia. E, sem dúvidas, somos hoje o município melhor preparado para oferecer todo o suporte necessário para o mercado offshore se expandir, e sustentar o crescimento do Estado e do país”, avalia o prefeito Welberth Rezende.
A prefeitura informa que, em 2021, Macaé atingiu a marca de mais de 35 mil novos postos de trabalho em quatro anos. No mesmo período, diversas obras de infraestrutura foram executadas.
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