Cachaça fluminense é símbolo de qualidade e desenvolvimento rural. (Foto: Divulgação)
No último sábado (13), o Brasil celebrou o Dia Nacional da Cachaça, uma das maiores expressões da cultura do país. Mais do que presença em receitas e rodas de conversa, a bebida movimenta o campo fluminense com tradição, qualidade e empreendedorismo. Hoje, o Rio de Janeiro reúne 67 pequenas e médias destilarias e 538 marcas, consolidando-se como referência nacional em produção artesanal, segundo a Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça do Estado do Rio de Janeiro (Apacerj).
O título de Território da Cachaça de Qualidade reforça o reconhecimento nacional da produção fluminense, que alia tradição, cuidado no processo produtivo e protagonismo dos pequenos e médios produtores. Entre os polos mais expressivos, Paraty, no Sul Fluminense, se destaca por concentrar o maior número de produtores e por ter sido a primeira cidade brasileira a conquistar a Indicação Geográfica (IG) da cachaça. Outros municípios como Campos dos Goytacazes, Quissamã, Três Rios, Resende e Carmo também se consolidam como referências.
“A cachaça fluminense representa muito mais que uma bebida, ela carrega tradição, identidade regional e geração de renda para centenas de famílias no campo. Celebramos não só a história, mas o futuro promissor da nossa produção artesanal”, destacou Dr. Flávio Ferreira, secretário de Agricultura do Estado.
A presidente da Apacerj, Kátia Alves Espírito Santo, ressalta a posição de destaque do Rio no cenário nacional e internacional. “O grande diferencial das Cachaças do Rio é que nos especializamos em produzir e oferecer ao Brasil e ao mundo cachaças premium, consagradas em concursos nacionais e internacionais. Em termos da demanda internacional, nos mantivemos por mais de uma década em segundo lugar em valores monetários de exportação. Com a pandemia caímos uma posição, e no momento, aguardamos a superação da questão das tarifas americanas, pois os Estados Unidos são um mercado de destilados maduro e em expansão para as Cachaças do Rio”, conta Katia.
Um exemplo da força do setor é o produtor Odirley Carlos Henrique Caetano, da Cachaçaria Barra Velha, em Campos dos Goytacazes. Com 38 anos de experiência, ele produz cerca de 30 mil litros por ano em uma agroindústria familiar que alia tradição e modernização. Recentemente, aderiu ao Programa Energia Limpa, da Secretaria de Agricultura, implantando energia solar em sua propriedade. “Essa economia na conta de luz faz muita diferença na produção. Com o apoio do programa, conseguimos investir mais na qualidade da cachaça e manter nossa tradição com responsabilidade ambiental” explica o produtor.
O Programa Energia Limpa já viabilizou, desde 2020, 164 contratos, somando cerca de R$6,8 milhões em crédito rural para pequenos e médios empreendedores. A iniciativa promove a adoção de energia solar no campo, reduzindo custos, aumentando a competitividade e incentivando a sustentabilidade ambiental. Produtores interessados podem solicitar informações pelo e-mail agrofundo.rio@gmail.com.
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