A força da Baixada Fluminense. Há quem classifique desta forma o papel do município de Duque de Caxias em sua região, muito pelo fato da cidade ser atualmente a terceira mais populosa do estado, atrás somente da capital e de São Gonçalo, com quase um milhão de habitantes. Mas como começou a história da bela Duque de Caxias, cravada entre a montanha do Maciço do Tinguá e o mar da Baía de Guanabara?
Bem antes de 31 de dezembro de 1943, quando Duque de Caxias foi desmembrado de Nova Iguaçu – “cidade-mãe” da maioria dos municípios da Baixada Fluminense – a localidade já desempenhava um importante papel por sua posição geográfica.
Através dos rios à beira de seu território, a produção local era escoada e estabelecia-se uma comunicação entre o interior e o litoral em um tempo em que viajar levava dias e dias. A ocupação do território onde hoje se situa o município de Duque de Caxias começou ainda no século XVI. Ali nasceu a Fazenda do Iguaçu, que seria a mais importante da região.
O movimento que se faz atualmente em direção ao estado de Minas Gerais, passando por Duque de Caxias, levou desenvolvimento à região no século XVIII, com a metrópole portuguesa de olho no valioso outro extraído daquele estado.
Era obrigatório passar pelo território que no futuro seria Duque de Caxias, pois estavam ali os rios que levavam ao litoral e se abriram as estradas em direção a sede da colônia. O Caminho Novo do Pilar foi aberto para ligar Minas Gerais aos portos da Estrela, Pilar e Iguaçu e aumentou o desenvolvimento da região.
Após a decadência da mineração, a região se sustentou como ponto de escoamento e passagem de mercadorias, mas acabou por enfrentar problemas relacionados à destruição da mata e assoreamento dos rios, que trouxe doenças endêmicas, o que afastou os moradores.
A retomada do crescimento populacional se deu entre os séculos XIX e XX, com a inauguração da Estrada de Ferro Leopoldina, que ligaria de forma direta a localidade ao Rio de Janeiro e o movimento de pessoas afastadas pelo “bota fora” de Pereira Passos na capital.
Duque de Caxias remodelada
Um pouco antes de sua emancipação político-administrativa, a localidade de Duque de Caxias viveu, durante a Era Vargas, nos anos 1930, um intenso processo de remodelação em direção ao desenvolvimento urbano-industrial.
E foi exatamente essa mudança de patamar que plantou a semente da independência do município de Caxias, ideia que surgiu da mente do então deputado federal Dr. Manoel Reis e se concretizaria por meio de decreto de 31 de dezembro de 1943.
Dali para frente a região viria nascer, na década de 1960, a Refinaria Duque de Caxias, que atualmente está entre as maiores processadoras de combustíveis do Brasil e a promessa de desenvolvimento com atração de indústrias e empresas para a cidade. Atualmente, o PIB da cidade gira em torno de R$ 50,9 milhões, sendo que 54,4% desse valor advém dos serviços.
A saúde do município, com referências como o Hospital Adão Pereira Nunes, municipalizado no início de 2022, e o Hospital do Olho, chama atenção e atrai a população de outras localidades do estado. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tem a décima menor taxa de mortalidade infantil entre os 92 municípios do Rio.
O batismo
O nome do município de Duque de Caxias é uma homenagem ao patrono do Exército brasileiro, Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, conhecido como “O Pacificador”. A biografia de Duque de Caxias conta que ele nasceu em Porto da Estrela, região do município de Duque de Caxias, em 1803.
Alguns dados sobre Duque de Caxias
Área Territorial: 467,319 km² (2021) (34º no estado)
População estimada: 929.449 pessoas (3º maior do estado)
PIB per capita: R$ 50.997,97 (19º no estado)
Salário Médio Mensal: 2,5 salários mínimos (14º no estado)
