Uma missão brasileira formada por educadores da Firjan SESI, especialistas do PNUD, secretários e representantes das secretarias estaduais de Educação do Brasil visitou o Chile para aprender sobre o sistema educacional chileno e políticas relacionadas à permanência na escola. A visita teve como objetivo buscar inspiração para combater a evasão escolar, que no Brasil atinge seis em cada 10 estudantes do ensino médio.
Vinícius Carvalho Cardoso, Diretor de Educação e Cultura da Firjan, destacou a importância da troca de informações e experiências. “Estes momentos de compartilhamento e reflexão junto aos gestores públicos de educação do Brasil, sobre como evoluir iniciativas que sejam aplicáveis em nossos estados são, sem dúvida, muito importantes dentro do contexto proposto pela Firjan SESI na busca por uma Educação de resultados mais positivos em nosso país”, disse.
Durante a semana de trabalho no exterior, a comitiva brasileira teve a oportunidade de ouvir e debater com protagonistas do sistema de educação do Chile, cujo índice de conclusão do ensino médio é de 93,4%, o melhor da América Latina.
Firjan ressalta exemplos práticos
Uma das principais características destacadas pelo líder da reforma educacional do Chile na década de 1990, Cristián Cox, é a política educacional cumulativa e convergente do país. Apesar de vir de rupturas das práticas adotadas durante a ditadura, o Chile também adotou algumas transições, o que permitiu que a política educacional do país evoluísse de forma constante.
Segundo a Firjan, os painéis apresentados aos visitantes exemplificaram trabalhos de pesquisa e práticos sobre evasão e frequência escolar; transição do ensino médio para a educação superior; políticas para prevenção à evasão com foco no apoio ao estudante; políticas de gestão do sistema escolar; inovação curricular, entre outros.
O Secretário de Estado da Educação da Paraíba, Antonio Roberto de Araujo Souza, definiu a experiência como positiva. “Seja para entendermos que em todos os sistemas de educação há problemas e, sempre, o que melhorar; seja para nos inspirarmos em iniciativas que tragam reflexões para nossas práticas, mesmo em contextos tão diferentes, o importante é estarmos atentos à superação dos desafios da formação contemplando o desenvolvimento pleno da pessoa, seu preparo para exercer a cidadania e a qualificação desse cidadão para o trabalho”, disse Souza.
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