O Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgou, nesta semana, dados sobre roubos de cargas no estado do Rio. Segundo o ISP, o Rio terminou os dois primeiros meses do ano com uma redução de 41% nos roubos de cargas. Na análise mensal, a queda foi ainda mais expressiva, registrando 48%.
O Conexão Fluminense conversou com o presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logísticas do Rio de Janeiro (Sindicarga), Filipe Coelho. Para ele, o Rio de Janeiro vem vivendo, ao longo dos últimos 15 anos, um processo de esvaziamento econômico, como consequência, inclusive, de sua crise política, haja vista a realidade de nossos últimos governadores.
“Não há como se dissociar a crise de violência urbana e segurança pública da crise econômica e moral que o estado se enfiou. Contudo, com o esforço de diversas entidades e do Governo do Estado, temos conseguido, com passos não tão largos como gostaríamos, iniciar um processo de recuperação.
Vivemos em 2023 um ano indescritível, sob o olhar da segurança pública e da logística, agravada, a bem da verdade, por também sermos o único Estado da Federação regulado por uma ação como a ADPF 635, que restringe e intimida a ação das forças policiais. Com muito diálogo e impulsionados por parâmetros
insustentáveis, as forças policiais iniciaram ações mais veementes de repressão ao roubo de cargas, culminando, nos números que estamos podendo divulgar agora.”, explica Coelho.
Segundo o presidente do Sindicarga, ainda da há muito a se fazer, para que atinjam patamares razoáveis de uma metrópole como o Rio de Janeiro. “Em conversas mantidas com o dr. Victor César dos Santos, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, acreditamos que estamos com um plano bem traçado e que vamos chegar lá. É importante também conscientizarmos a população sobre o papel fundamental das forças de segurança pra garantia da ordem, sem a qual, não há progresso. Precisamos valorizar mais aqueles que se dispõem a sair de suas casas e deixam suas famílias pra defender a vida, a família e o bem alheios.
Para Filipe Coelho, vivenciar mais de perto suas realidades, é possível ver que há muito a ser feito sob todos os aspectos. “Contudo, o fato a se comemorar é o da manchete: o menor índice desde 1999!
Temos que aprender a olhar o “copo meio cheio, ao invés de meio vazio”, sem fechar os olhos pro caminho que temos pela frente.”, encerra ele sobre o cenário de roubos de cargas.
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